sexta-feira, março 31, 2006

A vida
em meia hora...












É possível viver a vida toda em ½ hora. Deixar acontecer o momento, esquecer o espaço e o tempo.
Cada andamento contém emoções que se multiplicam por violinos e violas, pautas e movimentos de batuta, solos que dialogam, que discutem, se amam e repousam.
É possível, nos movimentos perpétuos que duram ½ hora, revisitar cada emoção; da tristeza ao encanto, do sorriso às lágrimas, num arrepio que se prolonga muito além das meias horas que dura este tempo.
Os sonhos revivem na música, vida que se expressa em cada ½ hora.

quarta-feira, março 29, 2006

Entre colinas















Esta cidade onde o sol se encosta e pare sombras que se recortam no imenso palco de luz que é o Tejo.
Esta cidade onde te encontro e te desejo entre janelas solarengas no entardecer onde me deito ocioso.
Esta cidade onde a noite se ilumina em mil paixões que se agitam ao luar que abraça o som das guitarras.

Um homem na cidade
Agarro a madrugada

como se fosse uma criança,
uma roseira entrelaçada,
uma videira de esperança.
Tal qual o corpo da cidade
que manhã cedo ensaia a dança
de quem, por força da vontade,
de trabalhar nunca se cansa.
Vou pela rua desta lua
que no meu Tejo acendo cedo,
vou por Lisboa, maré nua
que desagua no Rossio.

Eu sou o homem da cidade
que manhã cedo acorda e canta,
e, por amar a liberdade,
com a cidade se levanta.
Vou pela estrada deslumbrada
da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada
cresce na vela da canoa.
Sou a gaivota que derrota
tudo o mau tempo no mar alto.
Eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto.

E quando agarro a madrugada,
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada,
um malmequer azul na cor,
o malmequer da liberdade
que bem me quer como ninguém,
o malmequer desta cidade
que me quer bem, que me quer bem.
Nas minhas mãos a madrugada
abriu a flor de Abril também,
a flor sem medo perfumada
com o aroma que o mar tem,
flor de Lisboa bem amada
que mal me quis, que me quer bem.

(Ary dos Santos)
Nunca Entregues Todo o Coração



















Nunca entregues todo o coração, pois não vale
Muito a pena pensar no amor
De mulheres apaixonadas desde que firme
Nos pareça, e nunca elas imaginem
Quanto vai definhando de beijo para beijo,
Pois tudo o que nos seduz mais não é
Do que fugaz deleite, doce e sonhador.
Oh, nunca entregues o coração completamente
Pois elas, por mais que os suaves lábios o afirmem,
Entregaram ao jogo os seus corações.
E quem poderá ainda jogar bem
Se estiver surdo, mudo e cego de amor?
Aquele que fez isto sabe o quanto custa
Pois entregou todo o coração e perdeu.

(W.B. Yeats)

terça-feira, março 28, 2006

Heroes

I
I will be king
And you
You will be queen
Though nothing will
Drive them away
We can beat them
Just for one day
We can be Heroes
Just for one day

And you
You can be mean
And I
I'll drink all the time
'Cause we're lovers
And that is a fact
Yes we're lovers
And that is that

Though nothing
Will keep us together
We could steal time
Just for one day
We can be Heroes
For ever and ever
What d'you say

I
I wish you could swim
Like the dolphins
Like dolphins can swim
Though nothing
Will keep us together
We can beat them
For ever and ever
Oh we can be Heroes
Just for one day

I
I can remember
Standing
By the wall
And the guns
Shot above our heads
And we kissed
As though nothing could fall
And the shame
Was on the other side
Oh we can beat them
For ever and ever
Then we can be Heroes
Just for one day

We can be Heroes
Just for one day
We can be Heroes
We're nothing
And nothing will help us
Maybe we're lying
Then you better not stay
But we could be safer
Just for one day

(David Bowie)
O céu pode esperar














Raios me partam.
Queria ir em viagem até algures, onde parecia poder apaziguar a alma, a cabeça, o espírito.
Mas de repente percebi que era o comboio errado.
Já me aconteceu noutras ocasiões.
Ou pior ainda, sair na paragem errada.
Não há pior que sair na paragem errada. É pior que apanhar o comboio errado.
Eu, pelo menos, gosto menos.

Que chatice.
Não fiquei apaziguado e encontrei o que não queria.
Queria uma paisagem limpa e com passarinhos a cantar e pimba.
Dei comigo num emaranhado de prédios e gente e confusão.

Bom vou dar a volta ao cavalo,
Que é como quem diz: recuperar o tempo.
O tal onde possa apaziguar a alma, o espírito.
E depois recuperar o tempo perdido pelas viagens inúteis.

sexta-feira, março 24, 2006

Empatias...











Eu me sinto tolo como um viajante
Pela tua casa, pássaro sem asa, rei da covardia
E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria
É que arde o medo onde o amor ardia
...
Mas o viajante é talvez covarde

Ou talvez seja tarde pra gritar que arde no maior ardor
...
Ao te ver calada, ao te ver cansada, ao te ver no ar

Talvez esperando desse viajante
Algo que ele espera também receber
E quebrar as cercas que insistimos tanto em nos defender
...


(Viajante,Teresa Tinoco para Ney Matogrosso)


Há almas que, por um qualquer acaso, uma contingência da existência, nos tocam através do espaço, através do tempo, para além da matéria.
São pessoas, afinal e simplesmente, que desconhecemos, mas possuídas por uma intensidade luminosa que se propaga através do éter, através de redes, através do intuído.
Estas empatias são a água onde bebemos o piscar de olhos que nos alimenta viajens.
São ainda esses momentos, ocasionais, acasos quotidianos, que também nos encostam a paragens (in)certas onde se excitam e repousam os estímulos.
“De olhos bem abertos”, é a fotografia que nos prende ao instante que ambicionamos prolongar até ao fim.

E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria

É que arde o medo onde o amor ardia
...
Pra ser teu talvez, pra ser teu talvez

Pra ser teu talvez, pra ser teu talvez

(idem, ibidem)








6 meses depois...

As efemérides são o que são e valem o que valem.
Há 6 meses que o Amplificador existe, tal como o Ant, a personagem que o alimenta. A este monstro que pede alimento diário ou não existe.
A brincadeira deu nisto: uma brincadeira que era só para comentar a brincar, passou a ter vida própria a brincar e a sério e isso tudo.
O que posso dizer é que tem sido divertido. Tive o privilégio de conhecer pessoas interessantes, óptimas leituras, de fazer também amigos. Os meus amigos de sempre (isso era o que vocês queriam saber), só algum tempo depois de eu andar por aqui, é que souberam deste espaço.
Por isso, alguns de vocês estiveram aqui antes deles.
Hehehehe…

Bem, este post apenas que agradecer a vossa presença, Aos mais antigos, olá Tere, Lazúli, Maheve, e aos mais recentes de todos, sarava Luísa e Araj. Aos mais fiéis e aos que apenas passam por aqui.
E vocês são por ordem cronológica:. A primeira e sempre presente Tere, uma pessoa que escreveu por e-mail que apaguei sem querer, os spams habituais, amiga Lazuli, Maheve, Marco_S, Animatógrafo, Maria do Céu Costa, o Marco (esse safado), Vampíria, Greentea, Pomba (Entre Amigos, lindos), a outra Vampíria do Porto, Lord of Erewhon, Carmem L Vilanova, Vigília 2, JB, Legionária (de outras escritas), _pimpolha_ (nunca está), Kelly Cris (Percepção e outros nomes), DIO (o rapaz nunca cá vem mas…), 100Nada, Capitão Tony Ventoinha, Meia Lua, LM, winterdarkness, spartakus, Menina_marota, safo (porque é que desapareceste?), AEA, Paulo J. Ribeiro. Mónica(está de férias a sortuda), MarcoX, Caiê (a gata...), Miguita do Andar de Cima (promessas, promessas), Dark-me, Mendes Ferreira, Carlos Estroia, palavras que escrevo, Poesia Portuguesa, Dra. Daniela Mann, relampago, Anónima, Lua (que eu pensava que era o outro lado do Sol), Sol ( e o seu lado lunar...afinal nem por isso), acnp, Luísa e Araj, estes muito novos aqui em casa.

Entre muitas frases e escritas que aqui se fizeram gostava de deixar esta de uma amiga que entretanto tirou uma sabática.
Só porque me apetece e só porque resume um pouco aquilo que todos nós pensamos, digo eu…

“…a terra dos sonhos será a internet? Não, aqui não há sonhos. Não sonhes aqui. Psssssttt…acorda, estou-te a avisar. (Lazuli)

Até mais logo.
Vou ali beber um café e já volto.

quinta-feira, março 23, 2006

Insónia












São duas da manhã e não quero dormir.
Tenho medo do fim do sono.
Do fim dos sonhos.
Tenho medo de sonhar, também.
Porque já só tenho pesadelos.
Dos que se aliam aos medos.
Daqueles a que não posso fugir.
Dos tais que “ninguém” tem.

Fumo mais um cigarro.
Dos que fazem mal, eu sei.
Já me pediram que os deixasse.
Mas mesmo assim os agarro
Porque à noite, já sei:
Não quero dormir
Nem sonhar.
Quero que a noite passe.
Veredas

Saímos à rua
Com uma bandeira levantada
E o futuro apresenta-se como destino incerto.
Erguemos a face
Olhos nos olhos com a cilada
Damos peito ao vento e afinal tombamos no deserto

Subo a ladeira
Que me leva à sala de visitas
Onde estão os donos de destino vago.
Bebo do copo
As doces volúpias favoritas
De que me hipnotizo mas nada trago

Perco-me
Assisto ao ritual da matança do homem novo
Inventado por carrasco respeitável, alienado
Das torturas vigiadas e punições organizadas
E fujo
Recuso a doce cama de dossel, aromática
Onde o sono é mel e de sonhos fáceis, carrossel
De viagens imaginárias e rotações várias

Deixo-te amor
Porque a viagem recomeça
Onde quer que o tempo da minha alma se esqueça
Mira amor
O que o perfume não devassou
O coração grita por prazeres que o tempo não matou
(Foto de Joaquim Nabais para D'age)

quarta-feira, março 22, 2006

Mudo

Passei lá por casa, a nossa,
E disseste-me o que eu não podia ouvir,
O que me esgota sentir,
O que nem ouso pensar a dormir.
Pleno






Toca-me
Porque as palavras se esgotam
Toca-me
Porque os sentidos anseiam
Toca-me
Porque as horas se cansam

Toca-me
Para além do olhar
Para além do sorriso
Toca-me
Para além do tempo
Para além do medo

Toca-me
Toca-me
Toca-me o corpo
Como me tocas a alma
Para além do êxtase

Toca-me
Para além da poesia
Para além do amor
Para além do desejo.
Toca-me
Para além de nós

Estou farto da perfeição
Cansado de ter razão
E de ouvir palavras
Palavras que são sensatas
Que não passam de palavras
E que são apenas erratas
(foto de Montegui)

segunda-feira, março 20, 2006

Entusiasmo

Somos pássaros voadores.
Porém, se as asas do ânimo e entusiasmo estão quebradas ou não crescem, não é possível voar.

Veja os filhotes.
Eles tentam voar mas não conseguem porque suas asas ainda são pequenas.
Mas quando eles vêm os pais voando, eles ficam entusiasmados e voam.

Sem entusiasmo não é possível voar alto.

Aqueles que perdem o entusiasmo rapidamente envelhecem.
Se você quer manter-se jovem, tenha sempre a atitude de aprender.


No dia em que você pensa que não há mais nada a aprender, você fica velho.

Brahma Kumaris


(Previlégio de receber por e-mail péroloas. Fica assim mesmo, simples)
Orgânica…











Cada nota tangida
Cada vogal entoada
Abraçam-se aos teus dedos
Que vagueiam p’lo tapete branco e preto
Onde a tua voz se deita.

E então danças,
Bailas sobre as cordas,
Que vibram sob o teu pulsar,
Fonte orgânica nascente do teu raiar,
De que te alimentas.

Deixa o tempo gozar
A brisa do teu luar,
Onde repousas e consomes
O sabor das pétalas, rio da tua nudez,
Onde se deita o olhar.

quinta-feira, março 16, 2006

Acaso

Ver-te, amor,
É desejar perder-me
No oceano do teu olhar,
Sentir-te reflexo de mim.

Ver-te, amor,
É sentir-me na encruzilhada
Com destino incógnito,
Entre o estar e o partir.

É querer ter-te sem futuro,
É não ter medo do escuro,
Ignorar a saudade
E alimentar esta vontade.


terça-feira, março 14, 2006











sábado, março 11, 2006

Sombras







Sombras
São sombras por que me apaixono.
Vultos distantes etéreos
Sombras, afinal.

Perco-me em ti
Que és uma distância
Que não posso percorrer
Perco-me em ti
Devaneio que não posso visionar
Onda em que não posso mergulhar
Caminho que não posso caminhar

Sombras
São sombras as palavras
Que sussurro em segredo
Para não me perder
E ser teu escravo.

quinta-feira, março 09, 2006

Desvanecimento…

Não quero dormir
Tenho medo que a vida
Se dissipe por detrás
Das pálpebras cerradas.
Não quero perder tempo
No sono que entorpece
Os sentidos e os afectos
Como narcótico castrador.
Prefiro ficar desperto,
Exaurido no torpor
Do cansaço da existência,
Do que serenar no colchão.
Não quero dormir
Porque o sono calma
A inquietude dos instintos
Com a sua indiferença.

Afogamento

As ondas do mar
São olhares fugazes
Pelo corpo macio
Onde me afogo
Sempre que penso
No teu olhar.
Bad news.... good news

O suicida é aquele que, ingénuo,
à procura de consolo,
se transforma, sem querer,
em primeira página
de jornal diário.
É noite...

A noite é uma miúda mal comportada e infiel
que te trai em cada esquina.

quarta-feira, março 08, 2006

O olhar de uma fadiga

A mim o cansaço dá-me uma perspicácia estranha, uma visão desconstruída. Percepção próxima da loucura.
O cansaço permite-me uma improvável racionalização do quotidiano, da vida.
Não o cansaço do físico. O outro, aquele que advém do proximidade com o limite da consciência.
Detenho-me, então, e vejo os gregos e os troianos à volta da fogueira. Aceito-os, ambos, mas não os satisfaço. Nem a uns, nem a outros. Porque cheguei à fronteira, ao limite que desejei.

Falo-te como se entendesses.
Como se estivesses comigo nesse limbo, entre o bem e o mal, entre a lucidez e a insanidade que me intimida.
Eu sei que não estás. Nem vais nunca aqui chegar.

Regresso ao essencial. Um intervalo que me imponho para reencontrar o ânimo.

O meu cansaço é um amplificador. Esta clareza é uma radiografia, assustadora e subtil, através da qual percebo quem é grego e quem é troiano.

Visão arriscada que o cansaço me instiga a confrontar.
É só um dia...













Abelha Rainha

Ó abelha rainha
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória
Pois se é noite de completa escuridão
Provo do favo de teu mel
Cavo a direita claridade do céu
E agarro o sol com a mão

É meio dia, é meia noite, é toda hora
Lambe olhos, torce cabelos
Feiticeira vamo-nos embora
É meio dia, é meia noite
Faz zum zum na testa
Na janela, na fresca da telha
Pela escada, pela porta
Pela estrada toda à fora
Anima de vida o seio da floresta
Amor empresta a praia deserta
Zumbe na orelha, concha do mar

Ó abelha boca de mel
Carmim, carnuda, vermelha
Ó abelha rainha
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória.

(Maria Bethania)

terça-feira, março 07, 2006

Não estás só...























... nem mesmo no deserto, onde podes apenas ver o sol
esconder-se no horizonte.

segunda-feira, março 06, 2006

Noreply-comment@












Outra coisa que eu não gosto é a mensagem vinda de noreply-comment@.
Compreendo. Afinal o anonimato é uma opção respeitável. Livre… ou não.
Mas não gosto.
Porque sou muito de interagir, muito de “olhar nos olhos”, de conhecer, de responder como deve ser, quando tem motivo.
O noreply-comment
@ é o primo mais sério dos undisclosed recipients.
Personagem mais credível, talvez. A sua probidade, no entanto, pode estar ao nível do outro. Não se revela, não se expõe.

O
noreply-comment@ é o personagem dos receios, apesar de atrevido e brincalhão.









Posta-restante

Não gosto de undisclosed recipients.
Undisclosed recipients são, assim, como cartas anónimas, que temos que reenviar a umas quantas pessoas para não nos acontecer uma coisinha má.
Undisclosed recipients, são refúgios onde se enclaustram medos e intimidades que não se desvelam mesmo quando a janela se entreabre com um sorriso.

O inventor dos undisclosed recipients esteve fechado num quarto escuro porque não fez os trabalhos de casa.

domingo, março 05, 2006

“Ir à terra”

Primeiro destino: Porto.
Tanto para dizer…
Depois, ir para Entre-os-Rios, subindo o Douro.
Ali, junto à ponte velha, estão os meus dois destinos.


Passando a ponte subo o Tâmega, à direita, rumo a Marco de Canavezes. Pela esquerda faço no regresso. Gosto mais. A estrada aos ss obriga a paragens. Sempre.
Depois é ir andando. As traquinices e as uvas sacada da vide. Os banhos no riacho ou na cascata.
Mas na ponte posso ir para a esquerda, em direcção a Penafiel.

Aí paro junto à infância de pés molhados na terra, regada por estreitos caneiros, na adolescência preguiçosa e campestre.
Já disse que o verde da minha prima é o máximo? Ah e os enchidos…
Já tinha dito, não tinha?
Onde dormir? Entre tios e primos há sempre um quarto, uma cama, lençóis lavados.











Pronto. Está dado o roteiro simplificado. Eu, depois, improviso. Sempre.

sexta-feira, março 03, 2006

Regressos


Quando estou verdadeiramente... assim...
Regresso ao berço, onde estão as raízes.
De alguns de nós resta a memória.
O que afinal já não é pouco.


Fotos by Ant

Todos os direitos reservados, copyrights & outras coisas do género.

Ou pensam o quê... ?

Só o trabalho que isto deu...

Resultados finais


Sra. Professora,
Esqueceu-se de nos dizer que o mais importante não era as reguadas nem as orelhas de burro. Olhe, ainda hoje não consigo gostar de Aritmética e seus sucedâneos.
Sra. Professora, vá à merda!!

quinta-feira, março 02, 2006

Em suspensão



Os que buscam alguma coisa são, com verosimilhança, levados a
encontrá-la, ou a dizer que não são capazes de a descobrir, e a confessar o seu carácter inalcansável ou então preservar na sua busca.

(Sextus Empiricus)

quarta-feira, março 01, 2006

Às cegas



Amor, perdoa... Não nego:
Quando vejo coisas belas,
Fico doido, fico cego,
Só ando às apalpadelas.

(António Aleixo)