domingo, novembro 28, 2010

Irrompem...



anjos
sedentos

Buscam-me
enquanto adormeço
Encontram-me
quando desperto

Onde estás
luz minha para que me segure
Onde te encontro
no meio da neblina intolerante

Não me resta ouro nem sedas
Consumi tesouros e prendas

Resta-me tempo, pouco
sede, tanta
Desfaleço entre tantos desejos
que desejo

E tu minha vida
porque demoras
É que os anjos, sedentos
convocam a partida
... antecipada... que adio...

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