quinta-feira, outubro 27, 2005

O Medo

O meu maior medo é o de acordar sozinho.
Detesto ter medo.
Mas o pavor de perder faz com que vá abandonando.
E nestes abandonos vai ficando e cristalizando a culpa de não ter sido capaz de não ter medo.

Tenho medo da fome. Tenho medo de não estar à altura do que propus e que vai ficando adiado.

E vou adiando a morte do medo.
A Culpa

a culpa de ter medo
a culpa de ter amado
a culpa de não ter amado
a culpa de não ter sido pai
a culpa de ser pai
culpa de ser apaixonado, de não me deixar apaixonar
culpa por abandonar e culpa por não abandonar
culpa, mea culpa, mea culpa...

a culpa por ter esta culpa, por me sentir culpado
por não dizer a verdade e pelas verdades que digo
sem pensar se são, na verdade, verdades

a culpa por me esconder
e culpa por desvendar o que deveria guardar.

Culpa pelo sonho e culpa pela certeza

Hum..., a culpa é um estado de ansiedade que se disfarça com o medo, esse sentimento que atrofia o acto de crescer e ser criativo.
Hum...







quarta-feira, outubro 26, 2005

Acordei de mau humor.
Acordo muitas vezes com o humor adormecido. Ou pior, sem humor de todo.
Depois, leio umas notícias e a coisa não melhora.
Entro no trabalho e a coisa piora.
Aliás, provavelmente este trabalho não melhora o humor a ninguém com alguma decência.
Enfim, mais para o meio da manhã a coisa fica mais suportável.
Quando me esqueço das gripes das aves e das aves sem gripe e que se candidatam a presidências da república.
Quando me esqueço do futebol e dos processos da Casa Pia ou outros que tais.
Começo a ficar com dúvidas sobre a minha natureza pacífica e com ganas de bater. Bater até que as mãos me doam.
Calma. Isto já passa. Vou dar uma volta pelos blogs e pelos mails.
Vou rir um pouco e dar um pontapé no mau humor.
Com sorte ainda me divirto à custa destes basbaques com quem convivo a maior parte do dia.

Hum.... talvez ainda volte

terça-feira, outubro 25, 2005

Acordei (digo eu...)!
Dei uma olhada no que se passa por aí e fiquei na mesma.
A febre da gripe e o crime da febre no limbo do pânico.
Hum... descubro que provavelmente não estou com espírito para estas coisas.
Pelo menos posso dizer o que me apetece. O blog é meu, a festa é minha, a embriaguês do cigarro que não deveria fumar é minha.
Mais logo? Amanhã?
Hum... às tantas talvez.
A personagem é real.
Tanto faz... tanto faz...

Que raio de idiotice pseudointelectualdemerdaéesta?

1, 2 experiência... 1, 2...

Talvez seja bom falar disto com os meus amigos.
Mas assim já não é secreto.

Deveria ser?
Esta dúvida perturbadora insiste em bater-me na cabeça.

Bem, este já foi grandito

1, 2 expe... 1, 2... 1, 2... experiência
Hum... vamos lá a ver o que daqui irá sair.
1, 2, experiência, 1, 2