Entre colinas
Esta cidade onde o sol se encosta e pare sombras que se recortam no imenso palco de luz que é o Tejo.
Esta cidade onde te encontro e te desejo entre janelas solarengas no entardecer onde me deito ocioso.
Esta cidade onde a noite se ilumina em mil paixões que se agitam ao luar que abraça o som das guitarras.
Um homem na cidade
Agarro a madrugada
como se fosse uma criança,
uma roseira entrelaçada,
uma videira de esperança.
Tal qual o corpo da cidade
que manhã cedo ensaia a dança
de quem, por força da vontade,
de trabalhar nunca se cansa.
Vou pela rua desta lua
que no meu Tejo acendo cedo,
vou por Lisboa, maré nua
que desagua no Rossio.
Eu sou o homem da cidade
que manhã cedo acorda e canta,
e, por amar a liberdade,
com a cidade se levanta.
Vou pela estrada deslumbrada
da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada
cresce na vela da canoa.
Sou a gaivota que derrota
tudo o mau tempo no mar alto.
Eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto.
E quando agarro a madrugada,
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada,
um malmequer azul na cor,
o malmequer da liberdade
que bem me quer como ninguém,
o malmequer desta cidade
que me quer bem, que me quer bem.
Nas minhas mãos a madrugada
abriu a flor de Abril também,
a flor sem medo perfumada
com o aroma que o mar tem,
flor de Lisboa bem amada
que mal me quis, que me quer bem.
(Ary dos Santos)
Esta cidade onde o sol se encosta e pare sombras que se recortam no imenso palco de luz que é o Tejo.
Esta cidade onde te encontro e te desejo entre janelas solarengas no entardecer onde me deito ocioso.
Esta cidade onde a noite se ilumina em mil paixões que se agitam ao luar que abraça o som das guitarras.
Um homem na cidade
Agarro a madrugada
como se fosse uma criança,
uma roseira entrelaçada,
uma videira de esperança.
Tal qual o corpo da cidade
que manhã cedo ensaia a dança
de quem, por força da vontade,
de trabalhar nunca se cansa.
Vou pela rua desta lua
que no meu Tejo acendo cedo,
vou por Lisboa, maré nua
que desagua no Rossio.
Eu sou o homem da cidade
que manhã cedo acorda e canta,
e, por amar a liberdade,
com a cidade se levanta.
Vou pela estrada deslumbrada
da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada
cresce na vela da canoa.
Sou a gaivota que derrota
tudo o mau tempo no mar alto.
Eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto.
E quando agarro a madrugada,
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada,
um malmequer azul na cor,
o malmequer da liberdade
que bem me quer como ninguém,
o malmequer desta cidade
que me quer bem, que me quer bem.
Nas minhas mãos a madrugada
abriu a flor de Abril também,
a flor sem medo perfumada
com o aroma que o mar tem,
flor de Lisboa bem amada
que mal me quis, que me quer bem.
(Ary dos Santos)
12 Comentários:
Como é possivel? Ora, ora...
Boas viagens então. :)
Beijos
Gosto de Lisboa, onde estudei durante breve tempo. Mas a verdade é que amar, amar é outro lugar que amo... (o poema em baixo é verdadeiro para os homens também, sabes?)
***
Sim Caiê, claro que sim.
Vivi dez anos no centro da cidade, numa janela que espreitava os telhados da baixa; onde o cantar do eléctrico 28 fazia-me companhia, bem como o Tejo e as andorinhas. Ao fundo o Castelo, esquecido pela maioria dos Lisboetas. Eu amo esta cidade, a cidade antiga. Confesso que amo-a mais pela janela que a espreitava onde a via sossegada, alheia às filas e à confusão.
Ao domingo o Chiado era só meu, antes da Fnac e o seu consumismo ter chegado. A Brasileira era o café da manhã, no Bairro Alto ia almoçar sossegadamente.
Conheço estes recantos desde miúda, onde outrora morou a minha avó.
Lisboa tem alma que se mostra a quem estiver atento.
puxa..............ficou lindo lindo lindo de morrer.
TUDO.
_________________e um visual novo!
gostei...beijo-te__________________
e obrigado....por tanta beleza.
nasci em Lisboa
morei em Lisboa , muitosanos
na parte velha
na parte nova
e sempre
sempre que venho e fora
é um extâse
reencontrar Lisboa.
Belos também os teus passeios
as deambulações da t. do Por um Fio
que nos trazem coloridos novos, angulos diferentes mas que conduzem sempre
ao Amor
em Lisboa.
Beijos para ti.
Curiosamente, eu que pensava que conhecia Lisboa, aprendi a olhá-la verdadeiramente com uns amigos italianos que diziam a cada esquina, a cada azulejo:"belo, belíssimo...". Eram tempos de verdadeiros passeios por todo o lado, lendo, escrevendo, falando.
É por essas e por outras que gosto muito de deixar o carro à porta de casa.
Gosto da luz da tua cidade. É luminosa, de facto...
Mas fico sempre com a sensação de que, quem aí mora, não disfruta de um décimo da beleza que a cidade oferece...
(Já cá estou... Ufa!!)
beijo.
Lisboa é lindíssima e eu adoro esta cidade em que nasci; não me canso nunca de lhe descobrir coisas boas lol. Jokas
É engraçado, ao ver estas fotos, da zona onde habito, toda esta cidade me parece mais bonita, e tento estado com algumas pessoas que viajaram até cá para a visitar, ao apresentar esta cidad luz, sinto-a cada vez mais bonita, porque minha já é ela há muito tempo. São precisas mais pessoas que habitem lisboa e que gostem dela. Podemos fazer desta cidade um espçao melhor, é preciso continuar optimista.
Um bem haja a todos os que gostam de alface.
Tão bonito que está este post com as imagens e os poemas de Lisboa!
Faço coro com o comentador anterior «Um bem haja a todos os que gostam de alface.»
Boa noite!
Não conheço muito bem lisboa!!!
Talvez por ser uma apaixonada pelo norte... nunca me suscitou mt interesse.
;))Beijinho
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial