Guerreiros…
“War
What is it good for?
Absolutely nothing!”
(Bruce Springsteen)
A guerra tornou-se assunto insignificante, notícia de jornal, inserida nas agendas informativas dos canais televisivos, sequência retórica de espaço a ocupar enquanto se espera pelo assunto que verdadeiramente interessa, como as contratações futebolísticas para a próxima época, agora que o Mundial se finou.
A guerra, as guerras, inventadas porque a tribo queria possuir o fogo (símbolo de poder e de conhecimento), sem o empenho para o fabricar, adquiriram cambiantes bizarras e causam a pena, o dó e a revolta, pela impotência, pelo medo.
Encontrados os culpados, inventam-se gritos contra e a favor, bandeiras de tanta cor que apenas remetem para a insignificância a verdadeira dor, de tanto sofrimento impossível de quantificar.
A guerra é uma palavra que, no limiar do desejo, se encontra no abismo que impede o amor.
Em nome de Deus
Derrubaram barreiras
Que deixavam espaço
Entra a lua e o vento
Em nome de deus
Caíram as bandeiras
E as mortalhas
Para as bermas das estradas
Em nome de Deus
Eu vi morrerem os homens
Em nome de Deus, eu sei
Ainda se perdem homens.
Em nome de Deus
Separam-se as almas
Que um dia quiseram
Viver sempre juntas
Em nome de Deus
Ainda vestem fardas
Como no passado
Não passam de mortalhas.
(D'age 1992)
(Foto recebida por e-mail)