quinta-feira, julho 13, 2006

Plagiador...

As palavras que uso são tuas
Cópia disfarçada em alma própria
Sou predador, alimento-me
Do que dizes faço-o meu
O Pessoa, fingidor porque poeta,
É criança inocente, afinal...
Vivo do teu sorriso e da tua tristeza
Sustento-me da tua arte
Levo-a para toda a parte
Converti-te em minha presa
Busco-te na escuridão
Devoro-te na solidão

Deixa-me deitar a cabeça no teu colo
Apenas uma vez mais
Acaricia-me o cabelo
E deixa-me adormecer
Como navio no cais
Quero sentir-te
Para além do desejo e do prazer
Para além do que dizer
Vivo para o efémero instante
Em que te toco suave, brevemente
Num sufoco voraz

De quem mais nada faz

24 Comentários:

Blogger Teresa Durães disse...

Isto hoje aqui põe qualquer um melancólico.....

1:40 da tarde  
Blogger Marta Vinhais disse...

Alguma coisa fizeste - deixas aqui um texto poderoso, habilmente escondendo a mensagem.
Gostei.
Beijos e abraços
Marta

2:02 da tarde  
Blogger teresa.com disse...

ui! sera que percebi direito?...
seja como for, esta muito bem escrito, claro!

2:21 da tarde  
Blogger Ant disse...

plágios, plágios... hehehe

2:30 da tarde  
Blogger Teresa Durães disse...

Pois, pois, Ant, chama-lhe plágio.

(quem te partiu essa corda de relógio???)

3:46 da tarde  
Blogger Teresa Durães disse...

(ao meio...ficou uma parte em cada blog!!!) eheheheh

3:46 da tarde  
Blogger Vampiria disse...

Busco-te na escuridão
Devoro-te na solidão - sabia que tinha de retirar qqr parte desta poesia so na sabia que parte... porque para supresa minha adorei-a plenamnete e completamente! Bem, tirei estes dois versos, mas mais ao calhas que por outra coisa. Belissimo!

3:53 da tarde  
Blogger Ant disse...

Lol Teresa, Lol...

4:11 da tarde  
Blogger Vanda disse...

Olá :) em primeiro lugar, peço desculpa de só cá hoje voltar! tempo para blogar nem vê-lo ;)) Mas por fim hoje, digamos que consigo por a escrita em dia!

-a Leitura, principalmente!

Obrigada por teres passado por lá!

Quanto a Oeiras, resido cá há um ano, liceus só os de Lisboa, sorry :) mas já ouvi dizer (pelo meu marido, que é de cá) que aquilo era assim uma coisa fora do vulgar ;)) inesquecivel, para ele também :))

Gostei do sufoco voraz.

beijinho

Vanda

5:53 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Beija-me
Beija-me outra vez
Esquece as minhas palavras
e alimenta-te dos meus beijos
que serão nossos

6:15 da tarde  
Blogger Ant disse...

Olá Vanda, bem vinda de novo. Ah pois é pois é. Muito inequecível.
Tatiana, Tatiana,venham de lá esses beijos então...
Vampíria és rapariga de gostos inequívocos.

7:43 da tarde  
Blogger greentea disse...

de novo por aqui

em céu azul e mar também

e verdades azuis, calmas como a á gua que corre mansamente

um beijo

12:06 da manhã  
Blogger Rosalina Simão Nunes disse...

noutro sítio em resposta a um comentário por mim feito a propósito de palavras que eu na altura senti que tinham "destinatário", foi-me dito que não. que o destinatário é qualquer um que sentisse as palavras.

pois bem...correndo o risco de me tornar repetitiva, torno a repetir, passo a expressão, mas é para sublinhar, que também estas palavras as sinto com o destinário escrito no envelope.

sensibilidades.

o poeta, não esqueçamos, chega a fingir de tal forma que até é capaz de fingir aquilo que realmente sente.

e se sente é porque vive.

e se vive é porque alguém, e neste caso o "tu" aparece expressamente no texto, existe.

e por isso, hoje, não digo que gostaria que estas palavras tivessem sido escritas a pensar em mim. hoje digo que tenho a certeza que alguém gostaria de ter ouvido estas palavras sussurradas ao ouvido.

e...xiiiiiiiii...grande "testamento". ainda gasto as palavras.

portanto, em conclusão, uma sugestão: dizê-las. se fosse eu, garanto que as gostaria de ouvir. e eu até sou um bocadinho suspeita porque acredito muito pouco nas palavras que se dizem ao ouvido.

palavras de quem mais nada faz do que "brincar" com as palavras.

1:21 da manhã  
Blogger as velas ardem ate ao fim disse...

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

Tu és um poeta Ant!
bjos

9:19 da manhã  
Blogger Manuel Veiga disse...

um belo poema de grande qualidade. gostei muito. abraços

2:04 da tarde  
Blogger Lua disse...

Plagiando as palavras de todos... Belo poema...gostei muito!! :)

Beijinho e BFS ;)

11:23 da tarde  
Blogger Caçadora_de_sonhos disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

9:29 da manhã  
Blogger Caçadora_de_sonhos disse...

Estás lindo !!!
Só me falta começar a ver-te suspirar.
Bom fim-de-semana

9:29 da manhã  
Blogger rafaela disse...

um belo poema, cheio de paixão, de verdade, de frescura roubada... adorei, uma vez mais...
beijo***
bom fim-de-semana

4:40 da tarde  
Blogger Teresa Durães disse...

Há aves que emigram...

5:43 da tarde  
Blogger Teresa Durães disse...

(com o calor que estás ainda queres deitar a cabeça no colo de alguém????)

pois eu tiro férias de amor a partir dos 28º !!!!!!

Agora só para Setembro é permitido amar! E isto se a temperatura baixar!!

ai pois sim! eheheheheheheh

Bom dia!

10:05 da manhã  
Blogger Luiz Carlos Reis disse...

Na natureza nada se cria...tudo se copia. Mas que belo ensaio de palavras...
Já estás linkado aos meus preferidos.
Abraços!

6:56 da tarde  
Blogger kikas disse...

Bom adorei o poema, adorei o titulo, amei a ideia.

12:20 da tarde  
Blogger MEU DOCE AMOR disse...

Muito bem.De vez em quando é bom pelagiar!Ajuda a reflectir.Realmente o amor é sublime.Vai ao encontro dele E vive-o.

12:04 da manhã  

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