O silêncio dos olhares cumpre-se no limite da cumplicidade, em presença de um outro que é o nosso espelho.
As palavras ganham sentidos incertos e titubeantes, viagem pelo planeta maior que é a partilha dos espaços em aberto.
É então que se abre a porta de um imenso mar, onde se joga a intensidade do amor e da meiguice que se aprende a descobrir em cada esquina da sedução, em cada janela da ternura.
O corpo transforma-se em pista de dança, em cama sem lençóis, em instrumento de moldar vocações e de inventar e reinventar para além dos limites.
Já não há fronteira entre o espaço desta esfera imaginária e desconhecida e a esfera do perceptível. As personagens de uma misturam-se com a ideia construída na outra e fundem-se nas mesmas delírios, nas mesmas ilusões.
E o desejo ganha a dimensão de um céu aberto à espera que os viajantes recomecem a viagem uma e outra vez.
A arena está preparada.
Que comecem os jogos.
(Foto: Quando Te Abraco Tudo Faz Sentido, Jandira Gitirana Praia)