(Des)Afinações
Uma das coisas mais importantes na música e para um músico é a afinação dos instrumentos. Um só instrumento desafinado, a solo ou em grupo, é algo confrangedor de se ouvir.
Ora nos (des)concertos da vida não há muitas diferenças. As desafinações são motivadoras de equívocos e mal entendidos que, a prazo indefinido, têm consequências.
Este post que iria brincar um pouco com as desafinações virtuais ganhou uma nova direcção com leituras pouco virtuais sobre problemáticas bem reais.
“Filhos Tiranos” é o título de um artigo que li hoje na revista de Domingo do Correio da Manhã.
A questão, pouco conhecida mas muito real, é a de filhos que desatam à bofetada a pais e mães e partem a loiça toda lá em casa. Enfim, o descambar completo, não da estrutura familiar, que essa já está periclitante, mas mais grave que isso, da carência absoluta da dignidade entre pessoas que se deveriam respeitar, para não dizer mesmo amar.
Não vou alongar-me porque o assunto está suficientemente claro na revista. Apenas cito: “Quando um filho maltrata ou bate num dos pais, a violência doméstica tem outra face: a da vergonha. São histórias escondidas entre as paredes da casa.” (sic)
Afectos desafinados.
O Marco morreu porque não entendia que a Sónia já tinha deixado de ouvir a mesma música e não desistia. António entendeu dois tiros iriam resolver o problema da filha. Agora uma filha de 5 anos vai ter que aprender a perdoar. A Sónia vai ter que encontrar a sua afinação.
Que linha tão ténue esta. A distância entre o amor e o ódio confundem-se nestas desafinações que não permitem a orquestra tocar em uníssono.
Fico pasmado quando palavras escritas têm o poder de provocar tantos equívocos só porque palavras escutadas não merecem atenção.
É então que se trocam as pautas e a orquestra não toca a mesma harmonia.
Uma das coisas mais importantes na música e para um músico é a afinação dos instrumentos. Um só instrumento desafinado, a solo ou em grupo, é algo confrangedor de se ouvir.
Ora nos (des)concertos da vida não há muitas diferenças. As desafinações são motivadoras de equívocos e mal entendidos que, a prazo indefinido, têm consequências.
Este post que iria brincar um pouco com as desafinações virtuais ganhou uma nova direcção com leituras pouco virtuais sobre problemáticas bem reais.
“Filhos Tiranos” é o título de um artigo que li hoje na revista de Domingo do Correio da Manhã.
A questão, pouco conhecida mas muito real, é a de filhos que desatam à bofetada a pais e mães e partem a loiça toda lá em casa. Enfim, o descambar completo, não da estrutura familiar, que essa já está periclitante, mas mais grave que isso, da carência absoluta da dignidade entre pessoas que se deveriam respeitar, para não dizer mesmo amar.
Não vou alongar-me porque o assunto está suficientemente claro na revista. Apenas cito: “Quando um filho maltrata ou bate num dos pais, a violência doméstica tem outra face: a da vergonha. São histórias escondidas entre as paredes da casa.” (sic)
Afectos desafinados.
O Marco morreu porque não entendia que a Sónia já tinha deixado de ouvir a mesma música e não desistia. António entendeu dois tiros iriam resolver o problema da filha. Agora uma filha de 5 anos vai ter que aprender a perdoar. A Sónia vai ter que encontrar a sua afinação.
Que linha tão ténue esta. A distância entre o amor e o ódio confundem-se nestas desafinações que não permitem a orquestra tocar em uníssono.
Fico pasmado quando palavras escritas têm o poder de provocar tantos equívocos só porque palavras escutadas não merecem atenção.
É então que se trocam as pautas e a orquestra não toca a mesma harmonia.
4 Comentários:
Feliz Páscoa... até breve BJokas
Por vezes o erro das pautas está em quem as escreveu... assim como a origem do "cancro" no seio familiar...
;))Beijinho
Conheço uma família em que todos batem e ninguém se entende... :(
Adorei a imagem... concordo com o teu texto.
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