Separados pelo tempo que ruge na sua importância homens e mulheres atravessam o deserto Depois, desencontrados no desejo esperançados no beijo enfurecem-se da sua prepotente arrogância Longe, longe de mais para ter medo Longe mas perto da melancolia de noites em branco Ouvidos cansados da angústia daqueles que lá longe nada esperam a não ser o medo
Longe, longe de mais enquanto o meu copo vazio reflecte mil cores e espera sem tempo certo que a paisagem se chegue mais perto
E a cegueira nas palavras... Lês o que dizem de nós os que aguardamos outro final de cena... Crês na fonte dos desejos eterna juventude intensa Para além dos temores Para lá do olhar
Apetece-me rasgar cada estrofe dilacerar cada sílaba procurar para além de nós outra percepção, outro mote
Empresta-se a faca que guardas longe dos olhares inúteis Refresca-me a face queimada de tantas batalhas Tu, só tu podes acalmar o fim da tragédia trazer ao palco a comédia onde princesas troçam com reis Vês agora... O que as sombras trouxeram ao meu olhar Apesar de cada sílaba fugir ao temor da faca de tantas batalhas...