quinta-feira, julho 29, 2010

Longe...


Separados pelo tempo que ruge na sua importância
homens e mulheres atravessam o deserto
Depois, desencontrados no desejo
esperançados no beijo
enfurecem-se da sua prepotente arrogância

Longe, longe de mais para ter medo
Longe mas perto da melancolia de noites em branco
Ouvidos cansados da angústia
daqueles que lá longe
nada esperam a não ser o medo

Longe, longe de mais
enquanto o meu copo vazio
reflecte mil cores
e espera sem tempo certo
que a paisagem se chegue
mais perto


Foto (Luiz Filipe Navarro - recordar é viver)

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