Reencontro…















Há tempos que não te vejo
Sinto falta dos encontros
Das histórias

(Re)visito-te
Ao som de nova melodia.
E quero ver-te dançar
Sobre um tapete de rosas
Vermelhas
Perfumadas…

Convido-te.
Prometo-te taças
de néctares aromáticos,
doces,
embriagantes

Espero-te
na sala ampla onde te desejo.
Luzes ténues,
Velas,
Fragrâncias.


Só para te possuir.

Uma e outra vez…





(Foto: António Manuel Pinto Silva)

Revejo-me…

… Espiral de tempo
Caos, infindo, belo.

Reinvento veias
Raios
Úteros

Renasço-me em dores
Expando-me em cores

Amanheceres ocultos,
E anoiteceres secretos



Procuro-te
Porta de cristal
Entrada para um outro cosmos
Alucino
Me


(Fractal de Arkanjul)

Desmontável…














Este pedaço de coração que já não me pertence
Esta matéria que desconserto aos poucos

Liberto-me da paz, invento ódios
Porque poderosos

Irreconhecível a dor
Insubstituível o torpor
Porque indiferente
De tão ausente

Do barro me aparto
E parto
E parto
Desmonto-me

Reparto a luta
Ansioso duelo
Tão belo
Tão trágico.