quinta-feira, janeiro 25, 2007

Manhãs apressadas...














Encontrei o pão torrado em cima da mesa. O aroma do café e do café quente e da manteiga derretida devolveu-me, sei lá porquê, outros invernos, os da escola primária.
Aí, era o meu pai que torrava o pão e lhe punha a manteiga Primor, ou outra, ou doce, e mo passava ainda a ferver para as mãos que aqueciam depressa, depressa.
E depressa devorava-lhe os gestos, guloso do pão e dos mimos.

Agora és tu que me mimas com estes aromas e os sabores que se misturam com os teus lábios doces, ainda mais doces do doce que fizeste e me trouxeste há dias.
E também tu me olhas guloso, dos teus gestos, dos teus mimos.

(Foto: no Google, pois então...)

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Ataque de nervos...



















A liberdade tem coisas bizarras.
Apetecem as loucuras... aparecem...
Depois... depois os momentos de lucidez tiram o sono...

É que em bicos de pés, silenciosamente, como quem não quer a coisa...
E o tempo corre, veloz, sem tempo certo e apenas as urgências se ouvem.

Corre-se um pouco ao acaso, ao sabor dos passos velozes.
No meio ficam ternuras.


Deixei de te falar...
Ao tempo que te não falo... !!

Sinto a saudade de ter tempo para te reencontrar diariamente, constantemente.

Hoje não tenho palavras, apenas uma lágrima teimosa que espreita, danada para escorregar face abaixo.

Mas tu vens vindo, apesar da minha ausência.
E eu... eu espreito-te cada regresso mas fico sem palavras.

Amanhã pisco-te o olho de novo...
Amanhã?
Talvez.

Volta sempre. Há tantas coisas que te disse e que ainda não ouviste que podes sempre voltar.

(Foto: … da net… )