(In)Viabilidades…
Ando meio desmotivado para as escritas na net.
Sem pachorra para comentários que tenho de apagar, sem paciência para poesias e efabulações.
Talvez seja da época. Quer se queira quer não, há sempre resíduos de afectos mal geridos ou apenas recordações que, qual fantasmas, vão esbatendo as cores festivas e o tal espírito natalício.
Depois, ter a consciência de que o mundo, tal como o conhecemos, está agonizante, não ajuda.
O país desfaz-se em questionamentos imberbes sobre a falta de natalidade, sobre o quão velho está a ficar. Sem descendências que se vejam.
O porquê é tão retórico como as estatísticas sobre o desemprego e sobre os endividamentos.
Uma coisa parece certa. Portugal atingiu a maioridade no que diz respeito à criminalidade.
Aparentemente, todos os dias, há atentados mafiosos de qualidade. Já não se fala de pequenos furtos a bombas de gasolina ou coisas do género.
Não. Agora é mesmo de metralhadora. Implacáveis, certeiros, os tiros atingem os alvos com uma frieza só antes vista no estrangeiro.
O país está a mudar. Aqui se assinam documentos e se assumem responsabilidades de singular importância.
A única coisa que parece não mudar é a incapacidade de políticos, e nossa, para encontrarmos a via para a felicidade colectiva.
(Foto:João Castela Cravo)
Ando meio desmotivado para as escritas na net.
Sem pachorra para comentários que tenho de apagar, sem paciência para poesias e efabulações.
Talvez seja da época. Quer se queira quer não, há sempre resíduos de afectos mal geridos ou apenas recordações que, qual fantasmas, vão esbatendo as cores festivas e o tal espírito natalício.
Depois, ter a consciência de que o mundo, tal como o conhecemos, está agonizante, não ajuda.
O país desfaz-se em questionamentos imberbes sobre a falta de natalidade, sobre o quão velho está a ficar. Sem descendências que se vejam.
O porquê é tão retórico como as estatísticas sobre o desemprego e sobre os endividamentos.
Uma coisa parece certa. Portugal atingiu a maioridade no que diz respeito à criminalidade.
Aparentemente, todos os dias, há atentados mafiosos de qualidade. Já não se fala de pequenos furtos a bombas de gasolina ou coisas do género.
Não. Agora é mesmo de metralhadora. Implacáveis, certeiros, os tiros atingem os alvos com uma frieza só antes vista no estrangeiro.
O país está a mudar. Aqui se assinam documentos e se assumem responsabilidades de singular importância.
A única coisa que parece não mudar é a incapacidade de políticos, e nossa, para encontrarmos a via para a felicidade colectiva.
(Foto:João Castela Cravo)
13 Comentários:
ó pá, isto algum dia tinha que mudar...
para já, só as coisas más estão a mudar, para pior claro, aguardemos que as coisas boas mudem também..
achas-me exageradamente optimista?
..estás à vontade..
aquele abraço
a incapacidade colectiva, a minha incapacidade afecta-me particularmente. a mudança é feita por cada um, e todo fazem o rumo dessa mudança. Há falta de confiança, falta de esperança, e esta época do ano em vez de ajudar, só chateia. quem é que ainda tem pachorra para o natal comercial?
a natalidade é realmente preocupante, principalmene se pensarmos na quantidade de órfãos que existem nos países do terceiro mundo. Mas é sempre mais fácil olhar para o próprio umbigo...
Texto muito forte e muito verdadeiro, Ant...
Um retrato bem feito da realidade....
Gostei..
Beijos e abraços
Marta
Crua realidade. Nua. Despida de quase tudo. Realidade com traços cruzados, riscados... :s
Bom fds!
não sei se será o país que está a mudar, ou somos nós que estamos a mudar.
não há muitos anos era a excitação de receber uma prenda, hoje é a irritação de seguir os protocolos e comprar a prenda (acusando logo de inicio que não se sabe o que se irá comprar).
cada vez mais a sociedade colectiva, deixou de ser colectiva e passou a ser muito individualista, vivemos no mundo do EU isto EU aquilo, o quanto muito o TU ou numa loucura total o NÓS praticamente desapareceu.
Irrita, dá mesmo raiva ver as pessoas a comprarem desenfreadamente só porque fica bem e até parece mal não o fazer.
E os verdadeiros sentimentos vão desaparecendo... mas os que restam ainda são alguns, e se nos juntarmos seremos muito, ou como dizia Zeca Afonso algures numa letra dele: "seremos muitos, seremos alguém".
é verdade! as máfias sempre existiram, só que desta vez elas mostraram-se...
viabilizo.te . sempre . meu amigo de ontem e de um amanhã.....breve.
beijo__________te. agradecendo.
escrevi. no Piano.
:(
beijos.
porque há "Ant" assim. amigo que nem a distância separa...."marinhas" por lá.
obrigada.
beij______________________O.
...e se um dia for onda nesse teu mar que te espreita a porta....sei que me reconhecerás...
Amigo. Visível.
___________________.
Gostei de ler este texto.
Um texto perfeito.Verdadeiro.
bjo Ant.
compreendo muito bem o teu magoado texto. que expressa uma sábia inquietação.
por mim teimo em acreditar que "a Terra se move..."
abraços
"O país desfaz-se em questionamentos imberbes sobre a falta de natalidade, sobre o quão velho está a ficar. Sem descendências que se vejam.
O porquê é tão retórico como as estatísticas sobre o desemprego e sobre os endividamentos."
...
Gostei
Acutilante
lúcido
Desafiante
Vou passando ...
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial