Para sempre...
Abriram a porta da suite. Era espaçosa, como a vida que juraram juntos.
Miraram a decoração, espreitaram as vistas sobre o mar. As ondas, rebeldes, pareciam querer roubar a serenidade que o momento desejava.
Sobre a mesa, um cesto cheio de frutas, uns acepipes, uma garrafa de bom champanhe, do francês.
Olharam-se, sorrindo, de desejo. Algumas turbulências de tempos a tempos tinham sido esquecidas. Agora, apenas contava aquele momento eterno em que tudo era bom, tudo era belo.
Despiram-se e beijaram-se com promessas de amor eterno. Fizeram amor enquanto o mar, agitado, ruidoso, protestava contra a felicidade ali declarada.
Saiu de casa já noite dentro. Levava, apenas, uma pequena mala, com alguns pertences indispensáveis.
Deixava para trás uma bela casa, uma vida cheia de desejos e de sonhos. Não olhou para trás. Sabia que, apesar de agora vazia, aquela casa guardava segredos, angústias, sorrisos.
Mas nada disso tinha, agora, importância. Olhava o futuro através dos faróis do carro que lhe iluminavam as curvas da estrada. O mar, ali perto rugia, instigando a velocidade, empurrando-lhe mais ainda o desejo de partir.
A música como companhia, o cigarro como amparo.
Parou em frente à porta. Do cimo das escadas olhou para trás e desejou não ter adiado tantas vezes a partida.
Sentiu a turbulência do avião e um pequeno arrepio, habitual, interrompeu-lhe os pensamentos, os planos.
Lá em baixo, o ondular do oceano empurrava-lhe a mente para o destino, desconhecido mas desejado.
Para trás ficavam as noites mal dormidas, os desejos contidos, os planos frustrados.
Adormeceu sobre as nuvens, iluminado pelo sol que, sem obstáculos, lhe acariciava o rosto.
(Foto: Carlos C)
Abriram a porta da suite. Era espaçosa, como a vida que juraram juntos.
Miraram a decoração, espreitaram as vistas sobre o mar. As ondas, rebeldes, pareciam querer roubar a serenidade que o momento desejava.
Sobre a mesa, um cesto cheio de frutas, uns acepipes, uma garrafa de bom champanhe, do francês.
Olharam-se, sorrindo, de desejo. Algumas turbulências de tempos a tempos tinham sido esquecidas. Agora, apenas contava aquele momento eterno em que tudo era bom, tudo era belo.
Despiram-se e beijaram-se com promessas de amor eterno. Fizeram amor enquanto o mar, agitado, ruidoso, protestava contra a felicidade ali declarada.
Saiu de casa já noite dentro. Levava, apenas, uma pequena mala, com alguns pertences indispensáveis.
Deixava para trás uma bela casa, uma vida cheia de desejos e de sonhos. Não olhou para trás. Sabia que, apesar de agora vazia, aquela casa guardava segredos, angústias, sorrisos.
Mas nada disso tinha, agora, importância. Olhava o futuro através dos faróis do carro que lhe iluminavam as curvas da estrada. O mar, ali perto rugia, instigando a velocidade, empurrando-lhe mais ainda o desejo de partir.
A música como companhia, o cigarro como amparo.
Parou em frente à porta. Do cimo das escadas olhou para trás e desejou não ter adiado tantas vezes a partida.
Sentiu a turbulência do avião e um pequeno arrepio, habitual, interrompeu-lhe os pensamentos, os planos.
Lá em baixo, o ondular do oceano empurrava-lhe a mente para o destino, desconhecido mas desejado.
Para trás ficavam as noites mal dormidas, os desejos contidos, os planos frustrados.
Adormeceu sobre as nuvens, iluminado pelo sol que, sem obstáculos, lhe acariciava o rosto.
(Foto: Carlos C)
6 Comentários:
para variar, um texto lindíssimo. Há muito tempo que não falavas do mar, não sei se reparaste.
beijos
Gostei do texto. Algo diferente do que por vezes escreves.
Li-o por duas vezes, tentando apreendê-lo no seu todo.
Uma boa e bem escolhida foto.
irrepreensível!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
_______________beijo.
Lindo...um adeus, uma separação...
Será que o mar tem a resposta para tudo?
Talvez; acalma....
Gostei muito do texto - obrigada.
Beijos e abraços
Marta
Este comentário foi removido pelo autor.
:|
ps: podem ser momentos de qualquer um...
aas
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