I get high…
… With a little help from my friends
É frequente ler na esfera de blogues, e também na esfera real e quotidiana, que os amigos desaparecem, que “não acredito na amizade”, ou que “a desilusão de ter perdido o contacto com os amigos”, etc…
Na verdade, a amizade, como qualquer tipo de relacionamento, deve ser alimentada e, quando por qualquer motivo, o contacto se perde, há que reavê-lo, porque é nosso, pertence-nos, é um bem precioso a guardar como tesouro.
E é relativamente fácil. É só convidar os amigos para a nossa casa nova e dar-lhes umas trinchas, uns rolos e tintas e deixá-los pintar as paredes.
É vê-los rir de alegria, enquanto nos dão uma ajuda preciosa na erguer de um espaço que acaba por ter as suas marcas, indeléveis, como se passassem a fazer parte de um espaço que, apesar de privado, ganha a dimensão incomensurável dos afectos.
“We are all just people”.
E é nesta dimensão que nos vamos encontrando e revendo.
“Mind the gap between me and myself”.
Ou seja, encontrar o equilíbrio que nos permite distanciarmo-nos do umbiguito maroto e abrirmo-nos à experiência do espelho que são os que nos conhecem bem.
“Os amigos são para as ocasiões”, dizem.
E se não criamos as ocasiões?
Fica o vazio. Desaparecem as referências do tempo em que a brincadeira se prolongava pelos dias todos.
A vida pode ser, pelo menos de quando em vez, uma brincadeira pegada, mesmo quando o suor substitui a gargalhada, sempre à espreita, sempre disponível.
Brindemos, pois, olhos nos olhos, que os brindes não se fazem com o olhar no chão.
(Fotos: Ant)
… With a little help from my friends
É frequente ler na esfera de blogues, e também na esfera real e quotidiana, que os amigos desaparecem, que “não acredito na amizade”, ou que “a desilusão de ter perdido o contacto com os amigos”, etc…
Na verdade, a amizade, como qualquer tipo de relacionamento, deve ser alimentada e, quando por qualquer motivo, o contacto se perde, há que reavê-lo, porque é nosso, pertence-nos, é um bem precioso a guardar como tesouro.
E é relativamente fácil. É só convidar os amigos para a nossa casa nova e dar-lhes umas trinchas, uns rolos e tintas e deixá-los pintar as paredes.
É vê-los rir de alegria, enquanto nos dão uma ajuda preciosa na erguer de um espaço que acaba por ter as suas marcas, indeléveis, como se passassem a fazer parte de um espaço que, apesar de privado, ganha a dimensão incomensurável dos afectos.
“We are all just people”.
E é nesta dimensão que nos vamos encontrando e revendo.
“Mind the gap between me and myself”.
Ou seja, encontrar o equilíbrio que nos permite distanciarmo-nos do umbiguito maroto e abrirmo-nos à experiência do espelho que são os que nos conhecem bem.
“Os amigos são para as ocasiões”, dizem.
E se não criamos as ocasiões?
Fica o vazio. Desaparecem as referências do tempo em que a brincadeira se prolongava pelos dias todos.
A vida pode ser, pelo menos de quando em vez, uma brincadeira pegada, mesmo quando o suor substitui a gargalhada, sempre à espreita, sempre disponível.
Brindemos, pois, olhos nos olhos, que os brindes não se fazem com o olhar no chão.
(Fotos: Ant)
16 Comentários:
E a regra portuguesa mantém-se, nesta coisa do trabalho, estão sempre mais sem fazer nada, do que os que trabalham. Neste caso concreto que aqui apresentas, está um a trabalhar e dois a fazer que trabalham, pelo menos é o que parece.
Abraço amigo
Os amigos são para isso mesmo, partilhar e entrar na nossa vida, se os deixamos no patamar da escada ou lhe falamos sempre da varanda.... nunca vamos saber o que é ser amigo! Amigo ri, chora, suja-se, ajuda, ralha e PARTILHA as coisas! Achei lindo o teu texto, concordo com "criar as ocasiões", arranjar desculpas para fazer festas, sem terem data marcada.
Bjo
Cris
:)
Um post mesmo a calhar!
tenho falado nisso, nesse "alimentar" e "criar ocasiões" nos últimos dias!
E é tal como dizes!
bj
- «Brindemos, pois, olhos nos olhos, que os brindes não se fazem com o olhar no chão.» - Achei fabulosa a frase!
Boa semana!
é adorei, e a frase de fecho espectaculo.
parabéns aos amigos e ao dono da casa :DDDDDD
Ant, entendo-te, mas entendo bem melhor quem diz que a amizade não existe...beijo
Olá, Ant - a casa está a tomar forma....
Pois é, a amizade fica realmente vazia, se não soubermos "partilhar-nos"...Adorei o post - já tinha saudades de te ler...
Beijos e abraços
Marta
Ora Jota, a diversão faz parte destas coisas, ou não fossemos uns ganda malucos pá.
aifos, já tinha saudades :))
E de ti também ó bluesy
sra das águas, é preciso investir, sempre e sempre e não pensar que fomos abandonados. É que todos precisamos de tratar dos nossos espaços todos.
Marta, já passeias por aqui há tempos, começo a não te surpreender :))
Ah, e o seu a seu dono... a frase final, pois, apropriei-me dela. O João ultimamente anda com bons dizeres. Acho que ele também a gamou não sei onde... mas como já uma vez disse, as palavras são para as tomarmos como nossas quando nos fazem sentido.
Beijos e abraços pessoal que isto ainda não acabou... daaasss
Amigos são sempre amigos..."Um amigo é uma pessoa com a qual se pode pensar em voz alta."
Daqui faço um brinde a ti olhos nos olhos.
Bjinhos Ant.
brilhante!
A amizade a meu ver é a mais bela forma de amar.
Como sempre Ant o post está fabuloso...
ah, e foi assim que que me brindaste porque tive um dia mal humorado??? tá bem, tá bem :P
se me tivesses dito que havia casa nova e paredes para pintar e armários e chão para lavar ... até ia aí dar uma mãozinha ...
beijinhos
perdi-te o link a actualizar o blog e agora vai aos poucos....
os amigos existem sim!!!!!!!!!!!!
_______________
beijo.
«Brindemos, pois, olhos nos olhos, que os brindes não se fazem com o olhar no chão.»
...
Delícia!
...
Puro afecto, plena sabedoria...
Abraço
Ni*
Apreciei duas coisas. Quem estava no escadote e quem andava com toca de cirurgião na cabeça ;)
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