segunda-feira, junho 05, 2006

Orgasmo virtual...















Decididamente vou ficar adepto do sexo virtual.
É assim, directo e objectivo como convém neste círculo, porque ninguém tem tempo para rodeios e meias palavras.

Mas é verdade.
De repente, apercebi-me das enormes vantagens do sexo virtual.

Desde logo não há necessidade de despender verbas astronómicas em jantares românticos.
Sim, quer dizer... afinal que interessa um jantar num sítio com vista para o mar, escolher um bom vinho, um prato saboroso, uma sobremesa gulosa, uma aguardente velha? Que interesse pode ter isso afinal, de facto?

Virtualmente imaginamos, até posso servir a mim mesmo esse jantar e partilhar com quem quiser, e até dar asas a fantasias polígamas...

Depois o tempo que se perde com conversas... da treta ou outras.
Que interesse pode ter a dissertação sobre aquele livro tão interessante, o filme que se viu, o passeio que se pode planear?
Para não falar da situação económica do país, do mundo, os pobrezinhos...
... e pimba lá se vai o desejo, a tesão, enfim, que tempo perdido...

E depois o que é mesmo o pior... a troca de odores.
Eu sei lá se os odores corporais são compatíveis? A frustração que isso pode causar...
E sentir a pele....
E despir a roupa...
E descobrir o corpo que até é bonito porque gostamos de quem o usa...

Sim... o perigo que isto representa....

Com o sexo virtual nada disto acontece.

Não há trocas de beijos, de olhares, de toques...

Com o sexo virtual a tesão aumenta em cada momento até ao orgasmo, até ao repouso.
Não fica nada de residual, apenas um qualquer “eu” satisfeito e apaziguado.
Sem necessidade de lhe passar as mãos pelo cabelo, de lhe tocar, de lhe ouvir os segredos, de lhe ver o sorriso.

Definitivamente, não há como o vazio do sexo virtual.
Controlado ao limite, usado até à exaustão.



(Foto: Derme Epiderme e Suor-Paulo César)


21 Comentários:

Blogger greentea disse...

Não fica nada de residual, apenas um qualquer “eu” satisfeito e apaziguado.
e no final fica apenas o vazio
e o vazio

e o vazio...

12:07 da tarde  
Blogger Teresa Durães disse...

hum... e dizes que o desassossego Voa lá pelas minhas bandas... ahahahaa

Chama-se a este post (atenção, vou gritar, cuidado)

DESESPERO!!!!!!!!!!!!!!!!

ehehehheehhehehe

O romântico da blogosfera a falar de sexo virtual!

Ai que ainda apago (sem querer, claro) o link para aqui!

Ant: Banhoca, roupa catita, convidar amiga(s) e toca a sair!

(a net está a dar cabo do teu miolo!) lol

2:19 da tarde  
Blogger Ant disse...

hehehehehe

2:36 da tarde  
Blogger Teresa Durães disse...

ops.. parece que só agora vi tudo lá do outro lado!

2:57 da tarde  
Blogger Peter disse...

Às vezes um leva ao outro ...

4:23 da tarde  
Blogger Teresa Durães disse...

lololololol este blog está a descambar!!!!! E era tão sério!!!!!!!!!!

10:18 da tarde  
Blogger Unknown disse...

O que eu entendi foi, estás a falar com alguém, decidem pelo "sexo virtual", na onda do "sex call", tipo "...ai filho estou a meter o dedo, Uh, Ah...", e "...ó querida estou com ele em riste, Ah, Uh...", e depois por aí fora até áquilo que chamas,

"Com o sexo virtual a tesão aumenta em cada momento até ao orgasmo, até ao repouso.
Não fica nada de residual, apenas um qualquer “eu” satisfeito e apaziguado".

Olha lá meu, mas isso agora chama-se "sexo virtual"? No meu tempo, que também é teu, Chamava-se "punheta".

11:05 da tarde  
Blogger Rosalina Simão Nunes disse...

fiquei com uma dúvida...

a partir de que idade se pode praticar sexo virtual?

ahahahhahahhahahahhah...

(desculpem, mas foi o que me surgiu.)

boa noite.

11:51 da tarde  
Blogger asr disse...

Então meu caro: e o prazer? O físico? O instinto carnal?

Um abraço ;)

1:05 da tarde  
Blogger  disse...

Mau... já não estou a reconhecer-te... virtual????? vou-me calar para nao dizer asneiras... BJokas

9:35 da manhã  
Blogger Ant disse...

Valha-me deus.
Mas está lá isso tudo e mais alguma coisa. Afinal ninguém liga nada ao que eu escrevo.
Mas qual desespero, qual punheta... pudor?
Ninguém lê para lá do que parece estar escrito... OLhem por isso é que está lá o post de cima.

Ai ai ai.
Tá bem eu volto a escrever textos de amor ardente e paixão.
que se lixem as problemáticas...

10:11 da manhã  
Blogger Legionaria disse...

Bora nessa, sexo virtual é que é!!!

3:55 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Tanta gente com pudor só porque o poeta falou em sexo virtual...Ai! que o blogue está a perder qualidade - diz por aí alguém de quem não me lembro o nome.
PUDORENTOS!!!!!!
O poeta também é homem e se não tem mulher e também não quer ter pode e deve ter as fantasias que quiser e só é obrigado a partilhá-las se quiser e com quem quiser. Há pessoas que não estão preparadas para coisas novas. Viva a Realidade Virtual!!! Viva a Vida

3:48 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Blog nenhum "descamba" apenas por se falar do baixo amor e ainda por cima virtual!
Gostei muito da provocação (tenho jurado não comentar mais blogs, mas isso parece-me uma impossibilidade diante de tais debates).

Na verdade, pelo tom jocoso, reparamos logo na ironia de todo este sexo virtual que nos remete para o Tantra. Pois! Tantrismo puro como verificamos pela ausência de ejaculação. São ejaculações virtuais.

Contudo, o vazio pós-orgasmo deve realmente ser intenso, pois não se consegue conceber uma relação carnal sem carne! É a textura da pele, o tom dos gemidos, o arquear perante um clímax tão esperado e, maravilha, tão inesperado.
É o vinho, o olhar, o menear especial da cabeça, um sorriso, um não sei quê apercebido por todos os nossos sentidos que nos fazem focar toda a nossa atenção no outro (ela/ele), esquecendo o mundo fora dessa relação.

É em relações magnificamene físicas como essas que o Ant acredita... eu também. Não interessa passar pelo Mundo se não for para nos relacionarmos e não podemos conceber uma relação sem uma interacção real, efectiva de dois seres.

Tudo o mais é virtual, logo não apreensível pelos sentidos. A virtualidade só existe porque os sentidos foram ensinados por uma prática. Se criarmos um bebé num mundo virtual, desde a nascença, ele não sentirá nunca... nada.

Digam lá homens: há lá nada melhor que ver uma mulher arquear-se toda de incontroláveis prazeres e saber que fomos nós que as levamos lá, a esse êxtase supremo?

Esse sentido de plenitude só o ganha quem o pratica, não quem "pensa" que o pratica.

7:31 da tarde  
Blogger Ant disse...

sr.x... e mai nada.
Mas atenção que nos comentários há muita ironia também...

2:13 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Adoro sexo virtual...

Da madeirense louca...

4:17 da tarde  
Blogger Sol disse...

Simplesmente genial o texto e os comentários!!!


;)) Beijinho

12:05 da manhã  
Blogger Menina Marota disse...

Eu estou a rir-me. Juro que me estou a rir, que até os meus cães saltaram ali do cadeirão com a gargalhada que dei.

Mas pelo comentário ali do Jotabê!

Agora a falar a sério, eu sou democrática. Cada um faz o que quer e ninguém tem nada com isso, desde que não me metam na estória.

Mas eu sou muito carnal! Confesso. Que hei-de fazer? Para mim nada substitui o prazer carnal, os beijos molhados, a pele na pele e, tudo o mais que vier…

Excelente o texto!

Um abraço, este sim virtual...

10:04 da manhã  
Blogger Amita disse...

Olá Ant. Excelente texto. Adorei e fartei-me de rir com a tua ironia perante uma virtual realidade.
Um bjo e uma flor

7:49 da tarde  
Blogger nnannarella disse...

Anch' incrível que ninguém tenha falado na beleza daquele rabinho da fotografia.
Será porque se trata de um rabinho virtual ou porque o teu saborosíssimo texto inibiu os impulsos visuais da malta ?
ih ih

3:25 da tarde  
Blogger MEU DOCE AMOR disse...

Não concordo.Sexo virtual devirtua o ser humano.Quanto não vale sentir os beijos quentes e húmidos de quem gostamos,as suas mãos,o seu odor,o calor dos corpos,alguém dentro de alguém....Haverá coisa melhor no mundo?

12:55 da manhã  

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