O adeus...
De quando em vez a vontade de mudar e de encontrar novas referências é imperiosa, um desejo incontrolável, um destino.
A despedida, metamorfose que separa o passado do presente, faz-se com dor, lágrimas e vazios.
Preencher este olhar pelo horizonte, sem perder o fio condutor da coerência é, por natureza, um espaço de riqueza interna tão intensa, luz que ofusca, arrepia cada milímetro do nós que se quer integrar nesta nova construção interior.
“Quando fui o que não era
Deram-me um reino e fui rei.
Fui a máscara de cera
Sou nada porque a tirei...”
Despir o fato, pele apegada a um eu já distante, é esquecer ventanias e vendavais, é ser barco à deriva que procura cais onde atracar e esperar que o mar amaine para de novo partir, já não sozinho, já não à deriva, mas preenchido e de proa apontada a outros e novos rumos.
Há esta inspiração no ar
Sente-se a brisa
Das asas da gaivota
Que esvoaçam rente ao mar
E no delírio do adeus
Há um fragmento oculto
Um destino branco
Que se parece com deus.
(Foto: Ant)
De quando em vez a vontade de mudar e de encontrar novas referências é imperiosa, um desejo incontrolável, um destino.
A despedida, metamorfose que separa o passado do presente, faz-se com dor, lágrimas e vazios.
Preencher este olhar pelo horizonte, sem perder o fio condutor da coerência é, por natureza, um espaço de riqueza interna tão intensa, luz que ofusca, arrepia cada milímetro do nós que se quer integrar nesta nova construção interior.
“Quando fui o que não era
Deram-me um reino e fui rei.
Fui a máscara de cera
Sou nada porque a tirei...”
Despir o fato, pele apegada a um eu já distante, é esquecer ventanias e vendavais, é ser barco à deriva que procura cais onde atracar e esperar que o mar amaine para de novo partir, já não sozinho, já não à deriva, mas preenchido e de proa apontada a outros e novos rumos.
Há esta inspiração no ar
Sente-se a brisa
Das asas da gaivota
Que esvoaçam rente ao mar
E no delírio do adeus
Há um fragmento oculto
Um destino branco
Que se parece com deus.
(Foto: Ant)
17 Comentários:
Brutal este teu texto! Eu bem tento "acender" as luzes mas tenho receio de não encontrar lá ninguém... Tenho medo que ao revelar a verdade do que sinto afaste as pessoas que iluminam o meu percurso... Jokas
Às vezes, temos que partir para voltar mais confiantes.
Ficamos mais enriquecidos, mais fortes e se porventura, ainda hesitarmos, isso apenas nos mostra que continuamos a ser humanos.
Gostei muito do texto, Ant. Poderoso, mas com uma ligeira ponta de saudade????
Beijos e abraços
Marta
hum... o meu barco partiu o leme (penso que mais ou menos a partir do momento em que nasci) e a partir daí nunca mais consegui acostar...
lol
Mas enfim... dizem que, com a idade, vem a maturidade. Espero.... aguardo... (nunca mais chega.....) lolol
"De quando em vez..." ora aí está uma expressão que uso muito...
de quando em vez despeço-me, conheço e aí viajo...mas eu cá vou sempre sozinha. Muito bom olhar as tuas palavras.
Uns ficam outros partem amigo Ant, mas o que realmente conta sao as nossas referencias que so nos conhecemos e os poucos que acesso tem ao nosso quintal...
Mando um abrasso ao Luis Neto.
Vou acabar por inventar uma nova lingua Portoirish.
All the best.
Bem, fiz uma actualização nos links. Alguns são conhecidos, outros nem por isso. Visitem, visitem que vale a pena.
winter, acende as luzes na mesma, sem medos.
Marta, linda, não, não há saudades.
Teresita, há por aí umas oficinas de reparação náutica hehehe
Borboleta, sózinha? Huumm, não sei se acredito ;)
Ó sniper, isso é que era giro.
O Luís é muito pertinente não é? O raio do miúdo...
Bem isto hoje foi tudo corrido... beijos e abraços
Ant: Fico feliz em saber dessa história das oficinas mas... já me habituei. Nunca gostei de portos. Bebidas doces ehehehhe
Fico feliz em saber dos links! É sempre bom saber que o nosso está guardado num sítio especial!!!! lololol
Não gosto de despedidas....
Gostei das tuas palavras!
Ah...aquilo não são LARANJAS....são cerejas....
Vê-se assim tão mal na foto???
Jito, BShell
É um adeus...
Não vale a pena sofismar a hora!
É tarde nos meus olhos e nos teus...
Agora,
O remédio é partir discretamente,
Sem palavras,
Sem lágrimas,
Sem gestos.
De que servem lamentos e protestos
Contra o destino?
Cego assassino
A que nenhum poder
Limita a crueldade,
Só o pode vencer a humanidade
Da nossa lucidez desencantada.
Antes da iniquidade
Consumada,
Um poema de líquido pudor,
Um sorriso de amor,
E mais nada. ( Miguel torga-Adeus)
Um adeus tb pode ser assim nao pode ANT?
Vim só deixar um beijinho aqui ao Ant...
Sentiste?
Conchinha, foi a comoção...
Velinha, Miguel Torga? Este blog começa a ficar sério... Bonito:)
Sereia,dem starren sentiram, claro;)
Oi amigo querido. Hum!!!O começo desse poema mostrou muito o que sinto às vezes. Parece feito pra mim. Amei.
Recebi agora um e-mail de dois poemas lindos, acho que vai gostar. Quando der passa lá. Beijão e o Brasil tá aí, firme e forte. Agora terça vamos ver, roer as unhas, rsss. beijão.
Ant, aqui a borboleta sente muito e muito intensamente...sózinha...ninguém me interrompe a sentir...;)
Tão bem... por mais que custe muitas vezes a partida é urgente!!! E quando assim é normalmente a partida é apenas um novo iniciopara uma nova meta...
BJokas gordinhas (tou a engordar pá...:( )
Olá...obrigada pela visita ao meu blog!
O teu também é muito giro!!!
Beijinhos e volte sempre!
e de repente tive uma vontade imensa e entrar pela foto dentro...que fosse dia...de me sentar numa dessas cadeiras vazias e ficar a olhar para o mar.
olhar e sentir o seu cheiro a mar salgado.
inspiradamente....:)
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