sexta-feira, junho 09, 2006

Dos aflitos...

... sim filha, depositei agora 280 euros...
... não, não te preocupes... olha amanhã eu deposito mais...
sim... mas não... eu vou já tratar disso e amanhã...

...................

E o senhor, aí com uns 70 anos, continuava a apaziguar a filha que, como tantos, outros vive na constante aflição de uma dependência que já não quer mas que não sabe como evitar.


(Foto: JúlioViena)

27 Comentários:

Blogger Legionaria disse...

as dependência, quaisquer que sejam elas são fodidas e às vezes ou quase sempre, não vão a menos que nos dispamos delas permanentemente... mas dói... porque precisamos de nos agarrar a algo, a dinheiro, a alguém, a um desporto, a compras, etc... enfim! beijos

11:53 da manhã  
Blogger Winterdarkness disse...

Concordo com a Legionária! As dependências podem não só atrasar a nossa vida como destruí-la e pelo caminho destruirimais algumas vidas. Amigos e familia até nos podem apoiar e apesar de isto ser um lugar comum só em nós é que podemos encontrar a força para sair delas; nos libertarmos dela e reaprendermos a viver. Kiss

12:51 da tarde  
Blogger Teresa Durães disse...

Penso que muitas dessas dependências são chatangens emocionais que, por algum motivo de peso de consciência, os pais não as conseguem evitar.

Mas, posso estar errada...

2:01 da tarde  
Blogger Marta Vinhais disse...

Também acho que o que está em causa é a chantagem emocional.
Por outro lado, é também a vergonha, o medo de lhe apontarem o dedo de ter abandonado os filhos à sua sorte.
Só que muitas vezes é assim que eles compreendem que têm que crescer e gerir a vida.
É muito difícil julgar....
Um abraço
Marta

2:07 da tarde  
Blogger Ant disse...

Tersa e Marta, não julgueis temerariamente, como dizem os Evangelhos... há por aí muita malta à toa.
Apesar de que sim, há muitas vezes uma interdependência emocional de pais para filhos e vice-versa.

2:15 da tarde  
Blogger  disse...

Eu não acho que em algum dia da nossa vida sejamos independentes totalmente dos nossos pais... eles são o nosso porto seguro... ali nada falha... BJokas

2:26 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Raramente comento textos de blogues, gosto de ver e loer, mas só intervenho quando vale a pena.
Penso que ajudar é sempre uma prova de amor. Há quem ajude sem querer nada em troca. Quando temos ajuda económica dos pais, ou mesmo dos amigos, pensamos que os pais querem-nos sempre por perto e por isso é através do dinheiro que nos conseguem manter dependentes emocionalmente, dos amigos pensamos que nos vão pedir , mais cedo ou mais tarde um favor, tipo emprestas-me o carro, ou nos vão pedir o dinheiro com juros de demora. Meu Deus! se é assim que pensam não acreditam no amor e na vontade de ajudar o próximo.
Ajudar com dinheiro também é uma forma de dar amor e há quem não saiba dar mais...senão dinheiro.

3:36 da tarde  
Blogger Ant disse...

Anónimo, agradeço a deferência. Pena o anonimato. É claro que às vezes o dinheiro é a forma possível de mostrar afecto. Aliás, nos posts dificilmente se consegue exprimir bem essa ideia. Mas a mim o que me faz questionar é a necessidade de recorrer tantas vezes à conta bancária dos papás.
Dizia um intelectual cujo nome não recordo que só depois de ficarmos sem pais é que somos completamente autónomos. Pertinente?

3:56 da tarde  
Blogger isabel mendes ferreira disse...

Brilhante Ant....assino o teu comentário. no teu post. como resposta.

eu não diria melhor....:) petulância? nada...não saberia .....:)


beijos....

4:08 da tarde  
Blogger Esther disse...

Oi...gostei de ficar um tempo por aquí, "te lendo"!...Quando der, vá até meu canto..Bj!

4:23 da tarde  
Blogger Ana Luar disse...

Ant... bastante "pertinente" (bem a propósito)só quando nos regemos pelas nossas leis é que deixamos de precisar de recorrer... neste caso aos pais... eu não sou autónoma pk não sei que faria sem os meus pais. Não, que precise deles para me encherem de prendas... ou me emprestarem dinheiro... coitados! Quem dera que eles conseguissem pagar as despesas deles sozinhos... Quando falo que não sou autonoma é pk preciso deles em amor... quando estou triste e a parte de dentro do abraço que me oferecem é o único lugar onde quero estar.
Aí vejo quanto dependo do amor que me oferecem para ser feliz....

5:18 da tarde  
Blogger Caçadora_de_sonhos disse...

Pois...é uma suposta lei da vida....sempre dependentes e com dependentes.

6:19 da tarde  
Blogger teresa.com disse...

é, uma liberdade querida 'a pressa, muito enganadora, usurpadora!

9:15 da tarde  
Blogger as velas ardem ate ao fim disse...

o teu txto tem tanto de duro como de sublime.1 bjo

11:44 da tarde  
Blogger asr disse...

É a dura realidade amigo... mas fixei com particular atenção a preocupação desse pai :) Um carinho imenso como o abraço que te deixo... já sabes... 300 quilometros ;)

Bom fim de semana :)

2:02 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Eu cá não tive pais desses!
E ainda bem, por isso é que lhes devo muito! :)

Da madeirense louca que não pára de pensar ... ;)

4:15 da tarde  
Blogger Meia Lua disse...

:) é incrível como este texto espelha a verdade. No tempo dos nossos pais a palavra era a independência... parece que esta geração está acomodada e que os tempos de hoje são muito mais difícieis. Felizes os que num momento de aflição têm a quem pedir ajuda:) beijinho

8:27 da tarde  
Blogger Teresa Durães disse...

Na generalidade dos casos essa dependência até pode acontecer. Mas só na generalidade dos casos. Particularmente em relação às filhas com as mãe, por exemplo, o normal não é serem dependentes, pelo contrário.

As filhas desde cedo estão habituadas a cozinharem, tratarem dos irmãos. Penso que ainda hoje se passa.

Bom, os meus filhos são educados para independentes

10:09 da tarde  
Blogger Sol disse...

Pobre de um pai que tem um tormento desses...


;))Beijinho

12:08 da manhã  
Blogger Menina Marota disse...

Eu sou Mãe.
Estou aqui para o que der e vier. Em amor, em ajuda, tanto moral e financeira.
Estou a educar o meu filho (a filha já é independente)com o mesmo princípio que me educou o meu Pai:
"Eu dou-te a enxada, tu desbravas o caminho"
É assim que eu penso. Mas eles sabem que estou aqui, sempre que precisarem.

E, neste momento, em que o emprego corre mal, por vezes não é chantagem, é aflição.

...e qual é o Pai que não socorre um filho, num momento de aflição?

;)

10:23 da manhã  
Blogger Teresa Durães disse...

a 200 euros diários, sem qual é o pai que não socorre, 90% dos pai portugueses.. não têm....

2:39 da tarde  
Blogger Teresa Durães disse...

sem= sei (ops...)

4:52 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Olá tudo bem? Sou do Blog Entre Amigos e vim te informar que você está concorrendo ao Destaque da Semana através de voto. Hora de você conquistar votos dos amigos e dos novos visitantes. É um modo divertido de fazer novas amizades. Boa sorte! Seu blog é muito bom, arabéns!!! Bom domingo. Beijos

6:28 da tarde  
Blogger Amita disse...

Um espelho dos tempos difíceis que atravessamos. Qualquer que seja o motivo ou forma, todos estamos dependentes de alguém ou de algo por muito independentes que sejamos. Um texto pertinente.
Um bjo

8:22 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

...()""() Entrei...
.("( 'o' )
,-)____)'--Dei uma olhadinha básica...
"=(o)==(o)=
-----\\\\//-------E parei...
------( @@)-------
---ooO--(_)--Ooo-Só pra dizer q seu bloguxo é fofoooo
(\)__(/)
(=*.*=) Vim diretamente do blod entre amigos para deixar um carinho.
(")__(")
...()""()Uma otima semaninha p ti...
("( 'o' )doces bjs da nany

11:05 da tarde  
Blogger Caiê disse...

E ele tem reforma que aguente isso??

6:56 da tarde  
Blogger nnannarella disse...

Bom dia, Ant.:)
Hoje escolho um texto mais aflitivo.
Da injusta condição de, neste país, se andar sempre "ao tio", que é como quem diz "ao amigo", "ao pai", "à mãe", "à avó", "ao banco" e, mais recentemente, para animar mais as hostes consumistas e/ou perdulárias (porque aos realmente pobres ninguém lhes dá crédito!), "ao crédito bancário telefónico", com que se anada a bombardear os espaços publicitários.

Da injusta condição dum estado que suga impostos, mas não melhora o nível de vida da classe média, quanto mais dos realmente pobres!

E quanto às ajudas monetárias entre pais e filhos, nem sempre as há, porque os pais não podem, e nem sempre os filhos ajudam pais desfavorecidos, à conta de muitas desculpas de mau pagador.

Basicamente, esta questão também está infestada de egoismos e de oportunismos.

2:22 da tarde  

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