quarta-feira, junho 07, 2006

Construção de Palavras...
A palavra tem um sentido, tem um peso, tem uma medida...

Ou não...

A palavra reveste-se de ambiguidades, de sentidos mais ou menos ocultos, de ideias mais ou menos claras.
A palavra é o meio... o sentido, esse, pode perder-se na imensidão dos signos, de equívocos e de conceitos, de estigmas.

O texto, inocente, é construção da perplexidade e ganha valores, reflexos da ambiguidade dos sentidos.
No interior do texto escondem-se contradições, mensagens ocultas que o são propositadamente e não mero acaso de um capricho.

É assim que a palavra se apodera do texto e lhe confere uma verdade flutuante, o poder da discussão e da livre interpretação mas não poucas vezes o equívoco do sentido que vive no seu interior.


(Foto: Amarga – Fernando Gabriel)

13 Comentários:

Blogger Marta Vinhais disse...

A palavra pode dizer tudo ou nada.
Pode trazer a derrota, mas abrir horizontes para a vitória.
A espada com que se abre a vida e a corrompe.
Gostei muito do texto.
Parabéns
Um abraço
Marta

2:50 da tarde  
Blogger asr disse...

Esclarecedor ;)

Um abraço

3:08 da manhã  
Blogger  disse...

A palavra não é mais do que o significado de muita coisa que muda de significado conforme a entoação e o olhar ao dizê-la....

9:34 da manhã  
Blogger Ant disse...

Pois é andré espero que seja. Este post é reflexo dos comentários do anterior.

O gajo esforça-se...

10:12 da manhã  
Blogger Teresa Durães disse...

Ant: Quando li o post anterior percebi, como é óbvio, a ironia anterior.

Mas também para quem sempre foi tão sério a escrever e de repente, záz, sai um post satírico, claro que eu não resisti em me meter.

(ainda por cima foste também meter-te de brincadeira lá no meu dizer que aquilo estava a descambar ou algo de género)

Se com as palavras não conseguíssemos, pela paródia, dizer umas quantas, para pouco serviriam. Normalmente quando quero dizer verdades que ninguém aceita digo-as a brincar.

(o mais engraçado é que ninguém acredita mas digo-as do mesmo modo)

Gil Vicente sempre usou as palavras para a crítica (ninguém se lembra? anos a fio na escola a massacrarem-nos com o dito...)

10:29 da manhã  
Blogger isabel mendes ferreira disse...

"eita palavra"!


bom dia. Ant.


interpretadamente a sentir que a palavra se constrói...para se destruir...

um beijo.

12:24 da tarde  
Blogger A Gerência disse...

senhor ant., aqui estou para o lembrar do concerto de hoje, quinta feira, por volta das 23h, no bar a barraca, no teatro cinearte. se quiser aparecer, será bem vindo. hoje é chorinho e música portuguesa, com um trio chamado bellatrix. (sax, violão de 7 cordas, e acordeão)

12:49 da tarde  
Blogger Legionaria disse...

Um texto que parece caracterizar aquilo que te move - a palavra... ;)muito revelador de ti. Acho eu, que sou apenas eu... beijos

3:56 da tarde  
Blogger greentea disse...

tentei deixar-te um comment de manhã mas fiquei sem rato e sem teclado e...a palavra perdeu-se.alterou-se. ficou na minha mente e naquilo q não saiu.

e se saisse cada um interpretava a seu belo odo, tal como o texto de ontem...
por vezes perco-me a ler os comments pq acho graça ver as divergencias de interpretação ou a forma como as pessoas se revelam a partir dos comments...

tem uma boa noite.

e as mães tb têm dificuldade em assumir a maternidade! É o Amor Incerto de Elizabeth Badinter.
bjs

8:38 da tarde  
Blogger asr disse...

Satriani é muito bom ;)

Abraço

10:44 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

A palavra é o que queremos que ela seja!

Da madeirense louca que não pára de pensar ;)

4:17 da tarde  
Blogger Sol disse...

É preciso saber ler as entrelinhas...


;)) beijinhos

12:07 da manhã  
Blogger Menina Marota disse...

A palavra. O que é a palavra?
A junção de várias letras, que se transformam naquilo que temos na mente.

A palavra é como o olhar...

Diz um provérbio árabe, mais ou menos isto:

"...quem não compreende um olhar também não compreenderá as palavras..."

Na interpretação final de cada acto, está o verdadeiro significado dele.

Um abraço

10:14 da manhã  

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