Afectos...
Vou fechar a porta.
Acabou-se o tempo a fugir
A loucura das ilusões que se alimentam da tua presença longínqua.
Vou esquecer que possuí uma sala onde te sentaste ao meu colo, impávida e serena, à espera da minha canção de embalar.
Estou farto de afectos virtuais. Daqueles que duram e duram e tudo escondem. Daqueles em que pensamos que nos conhecemos mas que deixam sabores acres, porque afinal escondem quem somos de verdade.
Quero que me acaricies as mãos
Que me leves aos limites das sensações.
Não me digas que podemos ficar para sempre neste limbo
Entre o bem e o mal, entre o pecado e a virtude.
Merda!
Quantas vezes te disse que os meus silêncios
São olhares pelo mundo que prometemos construir?
Agora já não me basta ficar a olhar o céu dos teus olhos.
Sim, quero-te na totalidade,
Quero penetrar-te, sentir-te completamente,
Inundar-te do meu desejo, em inúmeras cascatas do meu ser.
Não te faço promessas eternas, não te posso dar a alma
Porque, se ta der, fico despojado do meu quarto
Onde toco as teclas do meu piano, onde tanjo as cordas da minha guitarra,
Onde fabrico os sonhos que nos devolvem o desejo de estarmos juntinhos
Tão perto que não damos espaço para mais ninguém
Que apenas nós.
(Foto: Peso Do Mundo Leveza Dos Bracos-PauloCesar)
Vou fechar a porta.
Acabou-se o tempo a fugir
A loucura das ilusões que se alimentam da tua presença longínqua.
Vou esquecer que possuí uma sala onde te sentaste ao meu colo, impávida e serena, à espera da minha canção de embalar.
Estou farto de afectos virtuais. Daqueles que duram e duram e tudo escondem. Daqueles em que pensamos que nos conhecemos mas que deixam sabores acres, porque afinal escondem quem somos de verdade.
Quero que me acaricies as mãos
Que me leves aos limites das sensações.
Não me digas que podemos ficar para sempre neste limbo
Entre o bem e o mal, entre o pecado e a virtude.
Merda!
Quantas vezes te disse que os meus silêncios
São olhares pelo mundo que prometemos construir?
Agora já não me basta ficar a olhar o céu dos teus olhos.
Sim, quero-te na totalidade,
Quero penetrar-te, sentir-te completamente,
Inundar-te do meu desejo, em inúmeras cascatas do meu ser.
Não te faço promessas eternas, não te posso dar a alma
Porque, se ta der, fico despojado do meu quarto
Onde toco as teclas do meu piano, onde tanjo as cordas da minha guitarra,
Onde fabrico os sonhos que nos devolvem o desejo de estarmos juntinhos
Tão perto que não damos espaço para mais ninguém
Que apenas nós.
(Foto: Peso Do Mundo Leveza Dos Bracos-PauloCesar)
15 Comentários:
Quando virares a página, do livro dos desejos e não te lembrares do que tinhas pedido com muito afinco, então estás a desejar o que vai ser mais tarde escrito.
Vira as páginas que forem precisas, quanto mais cedo desejares, mais depressa vives esses desejos.
Abr
Obrigada eu pelo comentário no meu espacinho.
As tuas palavras são magnificas. Sente-se cada batida de cada palavra, fortes e lindas.
Beijo meu,
Lúcia
Até que enfim, Ant, decidiste viver.
(pensando que o que está escrito é mais do que um poema belo, porque belo é)
Na minha maneira de ver a vida, a estrada é sempre lá fora e nunca virtual ou em pensamento.
A palavra serve para podermos voar.
A estrada para caminhar
hmmmm, sabes, Ant, deixaste-me a pensar... no vago, entendes, como se olhasse para algo, mas olhasse através dessa coisa, não sei porquê... um beijo
beijo__________________te....
(volto ....mt mais tarde...sempre que puder).
isa.
O poema está belo
Um abraço amigo :) do Porto a Lisboa
Perdi-me no encanto das tuas palavras... e a imagem é brutal!!
Beijinhos ;))
Que texto mais bonito para alguem como eu que ama o silencio!
Deep, Ant - real deep!
Está tudo dito e as minhas palavras esgotaram-se.
Talvez porque me sinto cansada...mas isto ficou cá dentro!
Adorei, Ant.
Um abraço
Marta
Afectos virtuais? PFFFF! Eis algo em que nunca acreditei! Já reparaste como isso é um contra senso? Se é afecto não pode ser virtual, se é virtual não pode ser afecto. A vida real é que é... ;) Pensa nisso.
Caiê, aquilo a que chamas vida real está cheia relações virtuais, sejam amorosas ou não. Pensa nisso. :)
"Eu não disse que o virtual não fazia parte da vida; disse e mantenho que um afecto não é virtual, pela própria essência da palavra. Um afecto é sempre real porque é sentido. Se ele se concretiza ou não é outra história, mas só por se sentir o afecto já existe; logo, nenhum afecto é virtual. Assim, até que algum iluminado me explique o que é um afecto virtual, eu não acredito neles. Penso que me expliquei bem. " Eis a resposta que deixei no meu blog, porque parece que o meu comment aqui causou alguns mal-entendidos... ;)
gostei de ler.te
"Quantas vezes te disse que os meus silêncios/São olhares pelo mundo que prometemos construir?"
jocas maradas
palavras certeiras.
..quero tanto um pouco disso tudo...
Acção então!...
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