Ser positivo
A amizade não se compadece com o espaço, o tempo, com qualquer tipo de restrição que queiramos invocar como desculpa para não intervirmos quando a nossa presença é útil ou mesmo necessária.
Para muitos de nós um blog é motivo de divertimento. Para outros é oportunidade de tornarmos vivas as palavras que muitas vezes não temos a coragem, ou mesmo a possibilidade, de passar para um público mais vasto que o nosso círculo de amigos.
No entanto, há muitos outros para quem o blog é uma procura, uma tábua onde se agarram, para não se perderem nesta imensa tarefa de estar vivo.
Já tenho viajado por muitos lados onde o sonho se vai conquistando. Não sei se ao engano, como comentou a Lazuli (e ela sabe o que diz) um destes dias “... a terra dos sonhos será a internet? Não, aqui não há sonhos. Não sonhes aqui. Psssssttt...acorda, estou-te a avisar.”, ou se, como eu até penso, é possível inventar sonhos, reinventar ideias.
No fundo somos todos um pouco predadores. Seja de afectos, amor, sexo, palavras, ideias. Vamos passando por esses “sítios”. Às vezes deixamos a nossa marca. Depois temos eventualmente o retorno e o círculo vai-se completando dia a dia, noite a noite, conforme os gostos e disponibilidades.
Na realidade, muitas vezes atrás de escritas fantásticas, está uma angústia desmedida, uma tristeza de que nem sempre nos apercebemos. Ou então apenas fixamos a linguística, o estilo, a mensagem óbvia de amores e desamores.
E que fazemos nós? Fazemos de conta… Deixamos o nosso comentário. Deixamos os nossos beijos, abraços, enfim o que nos ocorre e ali fica aquela personagem (porque acabamos por ser personagens, não é?), ainda mais só.
E na verdade todos somos responsáveis. Porque alimentamos a escrita (“que bonito post... o teu blog é o máximo... escreves lindamente...” etc).
A amizade não se compadece com o espaço, o tempo, com qualquer tipo de restrição que queiramos invocar como desculpa para não intervirmos quando a nossa presença é útil ou mesmo necessária.
Para muitos de nós um blog é motivo de divertimento. Para outros é oportunidade de tornarmos vivas as palavras que muitas vezes não temos a coragem, ou mesmo a possibilidade, de passar para um público mais vasto que o nosso círculo de amigos.
No entanto, há muitos outros para quem o blog é uma procura, uma tábua onde se agarram, para não se perderem nesta imensa tarefa de estar vivo.
Já tenho viajado por muitos lados onde o sonho se vai conquistando. Não sei se ao engano, como comentou a Lazuli (e ela sabe o que diz) um destes dias “... a terra dos sonhos será a internet? Não, aqui não há sonhos. Não sonhes aqui. Psssssttt...acorda, estou-te a avisar.”, ou se, como eu até penso, é possível inventar sonhos, reinventar ideias.
No fundo somos todos um pouco predadores. Seja de afectos, amor, sexo, palavras, ideias. Vamos passando por esses “sítios”. Às vezes deixamos a nossa marca. Depois temos eventualmente o retorno e o círculo vai-se completando dia a dia, noite a noite, conforme os gostos e disponibilidades.
Na realidade, muitas vezes atrás de escritas fantásticas, está uma angústia desmedida, uma tristeza de que nem sempre nos apercebemos. Ou então apenas fixamos a linguística, o estilo, a mensagem óbvia de amores e desamores.
E que fazemos nós? Fazemos de conta… Deixamos o nosso comentário. Deixamos os nossos beijos, abraços, enfim o que nos ocorre e ali fica aquela personagem (porque acabamos por ser personagens, não é?), ainda mais só.
E na verdade todos somos responsáveis. Porque alimentamos a escrita (“que bonito post... o teu blog é o máximo... escreves lindamente...” etc).
Esquecemos que, por detrás do véu da personagem, está a pessoa.
Ser solidário
Ser solidário assim pr'além da vida
Por dentro da distância percorrida
Fazer de cada perda uma raiz
E improvavelmente ser feliz
De como aqui chegar não é mister
Contar a que já sabe quem souber
O estrume em que germina a ilusão
Fecundará por certo esta canção
Ser solidário, sim, por sobre a morte
Que depois dela só o tempo é forte
E a morte nunca o tempo a redime
Mas sim o amor dos homens que se exprime
De como aqui chegar não vale a pena
Já que a moral da história é tão pequena
Que nunca por vingança eu vos daria
No ventre das canções sabedoria
Ser solidário assim pr'além da vida
Por dentro da distância percorrida
Fazer de cada perda uma raiz
improvavelmente ser feliz
Ser solidário
Ser solidário assim pr'além da vida
Por dentro da distância percorrida
Fazer de cada perda uma raiz
E improvavelmente ser feliz
De como aqui chegar não é mister
Contar a que já sabe quem souber
O estrume em que germina a ilusão
Fecundará por certo esta canção
Ser solidário, sim, por sobre a morte
Que depois dela só o tempo é forte
E a morte nunca o tempo a redime
Mas sim o amor dos homens que se exprime
De como aqui chegar não vale a pena
Já que a moral da história é tão pequena
Que nunca por vingança eu vos daria
No ventre das canções sabedoria
Ser solidário assim pr'além da vida
Por dentro da distância percorrida
Fazer de cada perda uma raiz
improvavelmente ser feliz
(José Mário Branco)
É importante que as pessoas se sintam vivas e interessantes. Sem moralismos nem paternalismos vazios e ocos de sentimento.
É assim que a vida também pode fazer sentido.
Aqui fica o meu beijo.
É importante que as pessoas se sintam vivas e interessantes. Sem moralismos nem paternalismos vazios e ocos de sentimento.
É assim que a vida também pode fazer sentido.
Aqui fica o meu beijo.
8 Comentários:
Os blogs são muita coisa - são a dor . a perca . a angústia. a frustração. a raiva. o sexo. a alegria. a tristeza. o carinho. o amor. e tanto mais... também o desesperadamente não estarmos sós, o comunicarmos, o estarmos com os outros.
Às vezes , um blog, um post , um comentário faz a diferença naquele exacto momento, para alguém. Por isso sejamos solidários, não apenas a dizer que o teu blog é um máximo e a alimentar o nosso ego, mas indo mais fundo, lá dentro mesmo para darmos LUZ às profundezas que lá estão.
Um abraço para ti. Vou de fim de semana - libertar-me da city, das nets e dos blogs, do stress, da hipocrisia, do transito caótico.
Vou para a paz da aldeia, o calor da lareira e os olhares quentes, vivos de quem lá mora . E também deliciar-me com um caldo a saber a couves e a batatas verdadeiras.
... olha meu, vê lá se escreves qualquer coisa controversa, coisas que eu não concorde ou me identifique, coisas que eu possa dizer mal ou contrariar, ou então muda o nome do Blog, tipo, "Consultório" tal e tal .com, sítio onde a "malta" vem se inspirar, actualizar curar, etc., "tem problemas? Sofre disto e daquilo? Pois vá ao Consultório tal e tal .com fale com o Sr. Dr. Ant, que ele tem a cura certa para sí"
Abraço até logo, espero.
JB A ideia não era essa. POdes concordar ou não mas podes ser positivo, ou não?
Podes sempre acrescentar coisas novas. A sabedoria, entre nós, comuns mortais só se vai construindo com a partilha. Era essa a ideia.
... não grites comigo, era uma figura de estilo elogiosa.
Entendo a tua ideia, mas isso não se aplicará a todos os meiso de conhecer alguém de estabelecermos o nosso "eu" com um "tu"? predadores? Não concordo. Todos precisamos deles, mas isso nao faz de nós predadores.
beijos
JB, querias polémica? então aqui a tens.
legionária, é claro que somos predadores. aqui na net ainda mais. é só dar uma voltinha por aí.
anda meio mundo atentar comer outro meio. no bom sentido, como dizia o outro
Maheve, recebi o teu comment mas por qualquer razão não ficou cá. Deve ter sido por causa das obras.
Um bj para ti também
Marco_s esta foi uma informação com interesse. Eu não fazia ideia a origem destes monstrinhos
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