Existem diferenças entre a realidade virtual e a virtualidade do real quotidiano?
Certamente que sim. Resposta imediata e simples, sem dúvidas, sem discussão, inquestionável.
Quaisquer elucubrações pretensiosamente profundas esbarram com uma verdade incontestável: O virtual é o invisível, o secreto, potencialmente falso.
O quotidiano, em toda a sua virtualidade, é o real, próximo, visível, autêntico.
Ou não.
Sem teorizar sobre visão platónica da realidade, onde se inscreve a dúvida sobre a veracidade do visível, ou seja, olhando apenas os rostos que se cruzam, os corpos que se mascaram, depressa sentimos quão fina é linha delimitadora destas duas realidades.
Aparências.
Bem vistas as coisas, se no virtual nos faz falta o olhar sobre o olhar – se somos voyeurs ocultos na aparência de personagem numa tela de sombras –, no quotidiano, a máscara que encomendamos diariamente, serve para a representação pouco inocente no palco teatral em que escolhemos actuar.
Por isso, de pouco adianta inflamar as certezas de encontros vivenciais. Porque mesmo quando o tacto parece ser a confirmação da nossa existência, podemos, apenas e só estar perante a personagem que idealizámos possuir.
5 Comentários:
Que descrença...actualizamos ao mesmo tempo, ehehe ;)
talvez aqui a máscara caia, deixe de ser necessária e tudo surja...
...olha eu, não conseguiria ser tão explícito, concordo com tudo.
Na minha vida por vezes não conmsigo distinguir entre o que é "real" e o que é "virtual"!
o real é parte integrante do virtual irreal.. é virtualmente real ou realmente virtual... tu sabes o que te quero dizer... Bjokas
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