À rasca
Ou os aflitos...
Aproveitei um espaço de fôlego para vir aqui fazer um pouco de catarse, como se costuma dizer.
Tinha planeado fazer uma abordagem à esfera que tem a ver com relações amorosas e sexuais, assunto muito debatido pelos blogs.
É verdade. De repente toda a gente anda com problemas amorosos e sexuais. É como se nunca tivessem havido conflitos entre sexos ou coisa assim parecida.
É um Boom, de facto.
Mas não.
Não vou falar de coisas tão complicadas e que envolvem alguma delicadeza.
Hoje, ia a sair de casa e um vizinho meu, dos poucos simpáticos que o prédio tem, queixava-se do cansaço. Queixava-se de estar a passar-se ou perto disso. Dizia, a terminar que a única coisa que lhe apetece quando chega a casa é brincar com os putos.
São 2 de facto, um casalinho. Ok, ok, eu não falo, eu não digo que é o ideal da família perfeita. Aliás, com casalinho ou sem casalinho, será que existe tal?
Bom, retomando a ideia... é fácil ter a percepção de que anda uma data de gente completamente à toa, eu incluído. Ou por questões económicas, amorosas (lá está), falta desemprego, crise, amizade, identidade e um sem número de outras que poderia aqui adicionar.
Há uns anos acusava-se a juventude de ser rasca. Já se fala, há muito, da geração à rasca.
Eu, por mim, acho que andam todas as gerações à rasca. A juventude, a meia idade, a terceira idade, as crianças, todos, todos andamos à rasca.
Já nem adianta falar da crise, nem sequer da enorme e cada vez maior diferença entre classes.
Adianta, talvez, dizer que andamos todos armados em Dons Quixotes, atrás de moinhos que, para além de imaginários, são completamente ilusórios.
A falta de tempo para cuidarmos de nós, física, psíquica ou espiritualmente é talvez uma causa mais que aparente para este à rasca que nos aproxima do abismo.
Depois é só dar mais um passo.
Mas tenhamos calma. O campeonato está a meio, vem aí o mundial, o europeu e, antes, as eleições presidenciais.
Pode ser que até nos saia a sorte grande. Pode ser que fiquemos com um paizinho que cuide de nós, como só nós gostamos de ser cuidados e protegidos.
Até lá, vamos ter que viver neste equilíbrio fatal, na nossa corda bamba, à espera que, se cairmos, alguém esteja lá para nos apanhar.
Ou os aflitos...
Aproveitei um espaço de fôlego para vir aqui fazer um pouco de catarse, como se costuma dizer.
Tinha planeado fazer uma abordagem à esfera que tem a ver com relações amorosas e sexuais, assunto muito debatido pelos blogs.
É verdade. De repente toda a gente anda com problemas amorosos e sexuais. É como se nunca tivessem havido conflitos entre sexos ou coisa assim parecida.
É um Boom, de facto.
Mas não.
Não vou falar de coisas tão complicadas e que envolvem alguma delicadeza.
Hoje, ia a sair de casa e um vizinho meu, dos poucos simpáticos que o prédio tem, queixava-se do cansaço. Queixava-se de estar a passar-se ou perto disso. Dizia, a terminar que a única coisa que lhe apetece quando chega a casa é brincar com os putos.
São 2 de facto, um casalinho. Ok, ok, eu não falo, eu não digo que é o ideal da família perfeita. Aliás, com casalinho ou sem casalinho, será que existe tal?
Bom, retomando a ideia... é fácil ter a percepção de que anda uma data de gente completamente à toa, eu incluído. Ou por questões económicas, amorosas (lá está), falta desemprego, crise, amizade, identidade e um sem número de outras que poderia aqui adicionar.
Há uns anos acusava-se a juventude de ser rasca. Já se fala, há muito, da geração à rasca.
Eu, por mim, acho que andam todas as gerações à rasca. A juventude, a meia idade, a terceira idade, as crianças, todos, todos andamos à rasca.
Já nem adianta falar da crise, nem sequer da enorme e cada vez maior diferença entre classes.
Adianta, talvez, dizer que andamos todos armados em Dons Quixotes, atrás de moinhos que, para além de imaginários, são completamente ilusórios.
A falta de tempo para cuidarmos de nós, física, psíquica ou espiritualmente é talvez uma causa mais que aparente para este à rasca que nos aproxima do abismo.
Depois é só dar mais um passo.
Mas tenhamos calma. O campeonato está a meio, vem aí o mundial, o europeu e, antes, as eleições presidenciais.
Pode ser que até nos saia a sorte grande. Pode ser que fiquemos com um paizinho que cuide de nós, como só nós gostamos de ser cuidados e protegidos.
Até lá, vamos ter que viver neste equilíbrio fatal, na nossa corda bamba, à espera que, se cairmos, alguém esteja lá para nos apanhar.
1 Comentários:
Porque será q ninguen comenta certos textos?
Este país, esta e outras gerações não passam de gerações rascas à rasca!
Ontem dem-me ao cuidado de ver a série da Filha do Mussolini, para ver se entendo, porque ainda não me esqueci dos anos do fascismo, em q havia sempre alguem atras de nós ou na mesa ao lado ou no banco do bus, em que tudo era proibido, certos livros , certas músicas , certos autores...
E lá estava a filosofia do paizinho!
Ele, o Mussolini, dizia q era absolutamente necessário que houvesse um chefe, um pai que comandasse o povo, porque estavam perdidos e tinha que haver uma mão forte para tudo entrar nos eixos.
Será q somos educados assim, somos habituados a ter sempre o tal de paizinho para "nos orientar" , nos "proteger" porque não sabemos tomar as n/ decisões, somos eternamente dependentes como aqueles filhos q nunca despegam da saia da mãe ?
É isso que queremos? Essa eterna dependencia filial do pai do patrao do presidente do Estado (novo ou velho)?
Até quando? Até sempre!
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