Laços
Provavelmente seria interessante fazer uma análise dos resultados das eleições. Poderia problematizar, dizer qual o meu voto, etc. Seria uma discussão, certamente animada.
Acontece que a vocação deste cantito é outra. Por isso vamos continuar a problematizar a vida mais perto de nós. Aquilo com que lidamos diariamente e de que, muitas vezes, nem nos apercebemos. Miudezas, dizem…
É impressionante a maneira como nos vamos ligando às pessoas. Nos últimos tempos, por motivos de força maior, tenho sido levado a pensar nas motivações que nos ligam uns aos outros, como nos prendemos a pessoas estranhas, muitas vezes para o resto da vida.
Damos connosco a preocuparmo-nos com alguém que não conhecíamos e que, de repente, passa a fazer parte de nós. É então que passamos a partilhar alegrias, tristezas, problemas e até o problemas de outras pessoas que não nos são rigorosamente nada e de quem, muitas vezes, até nem gostamos muito.
Estes afectos que se vão construindo ultrapassam largamente a socialização, a inter-relação. Fazem parte de uma esfera mais íntima e, paradoxalmente mais alargada, porque mexe com a nossa estrutura, com o que nos suporta e permite que nos aventuremos por percursos que vão influenciar outras vidas. Às vezes muitas vidas, quando estamos em lugares de decisão. Quando somos, por exemplo, primeiros-ministros ou presidentes da república.
Estas miudezas são isso mesmo. Pequenos questionamentos sobre a pequenez das nossas vidas.
Provavelmente seria interessante fazer uma análise dos resultados das eleições. Poderia problematizar, dizer qual o meu voto, etc. Seria uma discussão, certamente animada.
Acontece que a vocação deste cantito é outra. Por isso vamos continuar a problematizar a vida mais perto de nós. Aquilo com que lidamos diariamente e de que, muitas vezes, nem nos apercebemos. Miudezas, dizem…
É impressionante a maneira como nos vamos ligando às pessoas. Nos últimos tempos, por motivos de força maior, tenho sido levado a pensar nas motivações que nos ligam uns aos outros, como nos prendemos a pessoas estranhas, muitas vezes para o resto da vida.
Damos connosco a preocuparmo-nos com alguém que não conhecíamos e que, de repente, passa a fazer parte de nós. É então que passamos a partilhar alegrias, tristezas, problemas e até o problemas de outras pessoas que não nos são rigorosamente nada e de quem, muitas vezes, até nem gostamos muito.
Estes afectos que se vão construindo ultrapassam largamente a socialização, a inter-relação. Fazem parte de uma esfera mais íntima e, paradoxalmente mais alargada, porque mexe com a nossa estrutura, com o que nos suporta e permite que nos aventuremos por percursos que vão influenciar outras vidas. Às vezes muitas vidas, quando estamos em lugares de decisão. Quando somos, por exemplo, primeiros-ministros ou presidentes da república.
Estas miudezas são isso mesmo. Pequenos questionamentos sobre a pequenez das nossas vidas.
3 Comentários:
Por aqui, já começaram as "alianças" para esta época. Logo estaremos analisando nosso novo cenário politico.
Beijos
será que todos pensam na esfera alargada, nos outros, nos desconhecidos de cada dia, nos que de alguma ou nenhuma forma são semelhantes a nós ou, pelo contra´rio, pensam exclusivammente em si próprios, centrados em si?
A sua primeira decisão como Presidentes da Republica ou de qualq outra instituição será a de terem de fazer opções sobre quais a(s) reforma(s) por que têm de optar ou vão optar por resolver o problema das reformas dos outros e sobretudo as dos q têm menos q o ordenado minimo nacional , já de si vergonhoso?
Gostei do texto, Ant!Senti-me incluída nele, desculpa a vaidade/atrevimento.Sabes,às vezes nas caras estranhas que nao conhecemos revemo nos, por isso passamos a preocupar nos com um ente de quem so conhecemos as palavras, nada mais... beijo
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