Rosa
A Romy, é este o nome porque gosta de ser conhecida, conheci-a no Bairro Alto, numa festa.
Conheci-a quase no momento em que a vi. Nem dei pelo percurso entre a minha cadeira e ela. Eu nunca soube dançar mas, juro, naquela noite o ritmo tomou conta de mim. Depois, ainda meio anestesiado, tinha-a nos meus braços; ou ela teve-me nos seus, o aroma da sua pele e dos seus cabelos loiros a invadir-me, a possuir-me.
A paixão que arrebatou-me...nem sol, nem chuva... nada me faria desistir de ti, mulher que me tiraste a noção da realidade e da minha timidez.
No dia seguinte outra festa, outro momento... “Quando isto acabar temos que estar juntos...”
Mas depois ficou o vazio. Nem contacto, nem nada, o vazio...
Passou quase um ano...
Íamos, eu e amigos a caminho da Ajuda, Festa do Avante (quando era um acontecimento cultural, lúdico, musical, sei lá mais o quê), oiço chamar de dentro de um eléctrico.
E de repente o mundo parou. O tempo não existiu mais, o espaço desapareceu. “É a Romy!!”
E era. Era a Romy.
A Romy que me chamava. A Romy que me reconheceu na trémula claridade das luzes, rua acima.
Corri. Corri rua acima como se fosse a última (ou a primeira) corrida da minha vida.
E ali estava. Cabelos loiros, olhar brilhante, sorriso aberto. O eléctrico parou para nos ver num abraço que nunca mais acabou.
O beijo, os beijos primeiros. As trocas, prendas, referências disponíveis, instantâneas que seriam a nossa memória do instante, qual imagem que se tem no álbum das fotos de sempre.
Depois vieram as cartas, loucas, cheias de poesia, fantasias, temores, confissões, nunca de planos, mas de ideias, projecções de um tempo que não iria acontecer.
Os passeios, os beijos em qualquer momento, em todos os lugares, sem pudor, arrebatados.
Um dia os caminhos separaram-se. Porquê? Nunca o saberemos, talvez. “Quando descobrir o que sinto por ti, se calhar deixamos de andar...”
A Romy, soube há tempos, está na Suíça. Família, filhos... longe.
Outras mulheres amei.
Apaixonei-me outras vezes.
Mas a Romy tem este lugar especial de um amor que se alimentava de toques de mãos, de olhares cúmplices, de sorrisos e risos, gargalhadas.
Não, não tenho saudade.
O tempo, o tempo corre e outros amores arrebataram, levaram-me a outros momentos.
A Romy é uma memória de um outro tempo em que o amor era ingénuo.
E se tudo acabar teremos encontro marcado com os nossos tempos presentes, a nossa vida que se prolonga muito para além de nós.
Um beijo.
A Romy, é este o nome porque gosta de ser conhecida, conheci-a no Bairro Alto, numa festa.
Conheci-a quase no momento em que a vi. Nem dei pelo percurso entre a minha cadeira e ela. Eu nunca soube dançar mas, juro, naquela noite o ritmo tomou conta de mim. Depois, ainda meio anestesiado, tinha-a nos meus braços; ou ela teve-me nos seus, o aroma da sua pele e dos seus cabelos loiros a invadir-me, a possuir-me.
A paixão que arrebatou-me...nem sol, nem chuva... nada me faria desistir de ti, mulher que me tiraste a noção da realidade e da minha timidez.
No dia seguinte outra festa, outro momento... “Quando isto acabar temos que estar juntos...”
Mas depois ficou o vazio. Nem contacto, nem nada, o vazio...
Passou quase um ano...
Íamos, eu e amigos a caminho da Ajuda, Festa do Avante (quando era um acontecimento cultural, lúdico, musical, sei lá mais o quê), oiço chamar de dentro de um eléctrico.
E de repente o mundo parou. O tempo não existiu mais, o espaço desapareceu. “É a Romy!!”
E era. Era a Romy.
A Romy que me chamava. A Romy que me reconheceu na trémula claridade das luzes, rua acima.
Corri. Corri rua acima como se fosse a última (ou a primeira) corrida da minha vida.
E ali estava. Cabelos loiros, olhar brilhante, sorriso aberto. O eléctrico parou para nos ver num abraço que nunca mais acabou.
O beijo, os beijos primeiros. As trocas, prendas, referências disponíveis, instantâneas que seriam a nossa memória do instante, qual imagem que se tem no álbum das fotos de sempre.
Depois vieram as cartas, loucas, cheias de poesia, fantasias, temores, confissões, nunca de planos, mas de ideias, projecções de um tempo que não iria acontecer.
Os passeios, os beijos em qualquer momento, em todos os lugares, sem pudor, arrebatados.
Um dia os caminhos separaram-se. Porquê? Nunca o saberemos, talvez. “Quando descobrir o que sinto por ti, se calhar deixamos de andar...”
A Romy, soube há tempos, está na Suíça. Família, filhos... longe.
Outras mulheres amei.
Apaixonei-me outras vezes.
Mas a Romy tem este lugar especial de um amor que se alimentava de toques de mãos, de olhares cúmplices, de sorrisos e risos, gargalhadas.
Não, não tenho saudade.
O tempo, o tempo corre e outros amores arrebataram, levaram-me a outros momentos.
A Romy é uma memória de um outro tempo em que o amor era ingénuo.
E se tudo acabar teremos encontro marcado com os nossos tempos presentes, a nossa vida que se prolonga muito para além de nós.
Um beijo.
2 Comentários:
Que lindo é recordar com tanto carinho de alguem que foi (é) especial. Mesmo que o momento de vcs tenha passado ficou a doce lembrança de dias felizes e isso é raro entre pessoas que por um motivo ou por outro se separam após um amor tão doce e cumplice. Sei exatamente o que sentes, tb tenho minhas doces recordações que estão guardadas em minha memória e no meu coração....
Um abraço grande
ola, vem votar no meu blog a pergunta: como reconkistar uma mulher..
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