Crime (s)
Há 25 anos recebi a notícia como um murro no estômago. Não consegui conter as lágrimas.
No dia anterior, 8 de Dezembro, John Lennon tinha sido assassinado à porta de casa por um tresloucado que se achava paladino de uma qualquer causa, transmitida por uma qualquer voz directamente para a sua cabeça.
Ainda tinha o “Double Fantasy”, último álbum editado com vida - primeiro depois de um silêncio assumido -, quase novo no gira discos.
John, independentemente da estética musical (uns gostam outros não) foi, concorde-se ou não com as suas posições, um activista. Incomodou, chocou, influenciou. Não ficou no cantinho da fama a fazer canções de amor e ódio. Veio para a rua expor convicções, apontar o dedo.
Em parte, devo-lhe ter optado pela Objecção de Consciência, em vez de ir brincar aos tirinhos para um quartel qualquer.
Antes dele e depois dele houve e há todos os dias mortes hediondas.
Como o meu primo João, assassinado pelos dealers que lhe levaram a seringa à desintoxicação e que ele utilizou para acabar com a vida e sofrimento, numa casa de banho, agulha espetada na cabeça.
Como todos os putos, pais, mães e irmãos que todos os dias morrem e vêem morrer, por causa de causas que não o são na verdade.
Como os que morrem em cadeiras eléctricas, na forca ou carreira de tiro, num acto privado/público, em nome de uma justiça que nem sempre (quase nunca) é justa.
Não. Não acredito na pena de morte. Seja ela legitimada por uma qualquer ideologia ou justificada por uma sociedade que vai criando monstros atrás de monstros, numa linha de montagem perversa que nos alimenta os medos do lobo mau.
Muitas vezes não consigo conter as lágrimas.
O facto de ainda hoje milhares de pessoas cantarem “Give Peace a Chance”, comprova que a mensagem, difícil e, fantástico(!), provocadora, ainda faz sentido.
John, onde quer que estejas, espero que ainda acredites que um dia destes o Amor e a Paz ainda terão a sua oportunidade.
Há 25 anos recebi a notícia como um murro no estômago. Não consegui conter as lágrimas.
No dia anterior, 8 de Dezembro, John Lennon tinha sido assassinado à porta de casa por um tresloucado que se achava paladino de uma qualquer causa, transmitida por uma qualquer voz directamente para a sua cabeça.
Ainda tinha o “Double Fantasy”, último álbum editado com vida - primeiro depois de um silêncio assumido -, quase novo no gira discos.
John, independentemente da estética musical (uns gostam outros não) foi, concorde-se ou não com as suas posições, um activista. Incomodou, chocou, influenciou. Não ficou no cantinho da fama a fazer canções de amor e ódio. Veio para a rua expor convicções, apontar o dedo.
Em parte, devo-lhe ter optado pela Objecção de Consciência, em vez de ir brincar aos tirinhos para um quartel qualquer.
Antes dele e depois dele houve e há todos os dias mortes hediondas.
Como o meu primo João, assassinado pelos dealers que lhe levaram a seringa à desintoxicação e que ele utilizou para acabar com a vida e sofrimento, numa casa de banho, agulha espetada na cabeça.
Como todos os putos, pais, mães e irmãos que todos os dias morrem e vêem morrer, por causa de causas que não o são na verdade.
Como os que morrem em cadeiras eléctricas, na forca ou carreira de tiro, num acto privado/público, em nome de uma justiça que nem sempre (quase nunca) é justa.
Não. Não acredito na pena de morte. Seja ela legitimada por uma qualquer ideologia ou justificada por uma sociedade que vai criando monstros atrás de monstros, numa linha de montagem perversa que nos alimenta os medos do lobo mau.
Muitas vezes não consigo conter as lágrimas.
O facto de ainda hoje milhares de pessoas cantarem “Give Peace a Chance”, comprova que a mensagem, difícil e, fantástico(!), provocadora, ainda faz sentido.
John, onde quer que estejas, espero que ainda acredites que um dia destes o Amor e a Paz ainda terão a sua oportunidade.
1 Comentários:
Considero a musica 'Imagine'como um hino que deveria ser cantado e lembrado sempre.
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